Paulo Duque homenageia Tiradentes e a Inconfidência Mineira
Ao discursar durante a sessão plenária desta sexta-feira (14), o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) prestou uma homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e a todos os heróis da Inconfidência Mineira. Ele lembrou o movimento contra a Coroa Portuguesa que reuniu intelectuais, militares e religiosos "que lutaram pela liberdade, numa época em que era comum mandar açoitar em praça pública, era comum mandar correr em torno da forca levando açoites ou ferro em brasa".
Paulo Duque lembrou ainda o papel de Tiradentes, "líder e idealista maior" do movimento. Destacou que a conspiração malogrou devido à traição de Joaquim Silvério dos Reis, um dos inconfidentes, o qual denunciou o movimento à Coroa Portuguesa, em troca do perdão de suas dívidas.
- Como se vê, é antiga a prática da delação premiada, como estamos vendo no governo de Brasília, com um de seus integrantes denunciando todo mundo para ter a pena de seus crimes diminuída ou até anulada - disse.
O senador leu a certidão da execução de Tiradentes, lavrada pelo desembargador Francisco Luís da Rocha, atestando que Tiradentes foi levado ao lugar da forca, no Campo de São Domingos, onde foi enforcado, teve cortada sua cabeça e seu corpo dividido em quatro partes.
Ainda em seu discurso, Paulo Duque fez questão de ler parte da defesa feita por José de Oliveira Fagundes, formado pela Faculdade de Direito de Coimbra, em 1778, que foi o advogado de defesa dos 27 réus do Processo da Devassa, como ficou conhecido, e para o qual ganhou 200 réis. O senador pediu a transcrição nos Anais do Senado dos argumentos da defesa dos inconfidentes.
14/05/2010
Agência Senado
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