Paulo Paim: "Governadores começaram a avançar o sinal"
O senador Paulo Paim (PT-RS), 1º vice-presidente do Senado, disse nesta quinta-feira (24) em Plenário que está preocupado com as exigências que os governadores vêm fazendo para aprovar as reformas do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Lembrou que eles haviam concordado com as reformas e agora -passaram para o outro lado do balcão-.
- Os governadores começaram a avançar o sinal. Eles estão querendo dinheiro da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] e da Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico] e ainda a desvinculação de 20% das receitas estaduais, o que afetará as áreas de saúde e educação. Discordo da posição dos governadores e eles não devem se esquecer que não votam no Congresso - afirmou.
Paulo Paim condenou ainda as montadoras de automóveis pela -chantagem que vêm fazendo com o governo-, ameaçando demitir metalúrgicos se o governo não encontrar uma forma de aumentar suas vendas, inclusive pela redução de impostos.
- Esse é um terreno perigoso e a atitude das montadoras me preocupa muito. Elas estão aumentando o clima de intranqüilidade vivido pela família trabalhadora e, agindo assim, não contribuem em nada para melhorar o desempenho da economia - ponderou.
O Plenário foi comunicado pelo senador gaúcho que cerca de mil funcionários públicos estavam -debatendo idéias- de forma democrática e civilizada no auditório Petrônio Portela, do Senado, sobre a reforma da Previdência.
- É isso que tem de ser feito. Eles não podem ser empurrados para fora do Congresso. Lamento os incidentes desta quarta-feira (23) na Câmara, quando policiais militares entraram no prédio do Congresso para conter funcionários públicos que queriam assistir a votação da reforma - disse.
24/07/2003
Agência Senado
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