Paulo Paim: professores podem fazer greve nacional para garantir piso de R$ 950
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse da tribuna que os professores do todo o país podem entrar em greve nos próximos dias, novo passo em sua luta para que todos os governadores e prefeitos cumpram a lei que fixou o piso salarial da categoria, hoje em R$ 950. Afirmou que esta seria a primeira greve nacional de professores da qual ele se lembra no Brasil.
A decisão sobre a greve será tomada ainda nesta semana pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Nesta quinta-feira (2), informou o senador, integrantes da CNTE e das entidades estaduais estarão em Brasília para um ato público na frente do Supremo Tribunal Federal, para pedir que os seus ministros façam cumprir a lei do piso (Lei 11.738/08).
O STF decidiu liminarmente em dezembro passado que "piso" é o valor mínimo que os estados têm de pagar aos professores, mas ainda não julgou o mérito de uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei do piso, proposta por cinco governadores.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestou-se contra a greve nacional dos professores para pressionar pela efetivação da lei do piso - Cristovam foi o autor do projeto que se transformou na Lei 11.738/08. Ele acha que greve prejudica os alunos e sugere, como alternativa, que os professores bloqueiem "as entradas de todos os palácios de governadores e prefeitos", chamando atenção para o descumprimento da lei, apontando-os como "traidores da educação".
No mesmo discurso, o senador Paulo Paim apresentou requerimento de aplauso ao Sport Club Internacional, de Porto Alegre, pelos seus 100 anos, a serem comemorados neste sábado (4). O requerimento também é assinado pelos outros dois senadores do Rio Grande do Sul - Pedro Simon (PMDB) e Sérgio Zambiasi (PTB).
01/04/2009
Agência Senado
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