Pavan denuncia inércia do governo federal no combate às calamidades em Santa Catarina
O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) denunciou que o governo federal está inteiramente inerte diante das catástrofes climáticas que se abateram sobre Santa Catarina. Pavan enumerou os prejuízos causados pela estiagem prolongada no interior, a enxurrada em outras regiões e o ciclone que espalhou destruição em 40 cidades, a maioria delas no estado.
Segundo Pavan, a seca no interior de Santa Catarina já provocou a decretação de estado de emergência em 130 municípios e perdas de R$ 170 milhões na lavoura. O ciclone deixou, só em Santa Catarina, 13,6 mil pessoas desabrigadas, além de um número ainda incalculado de mortos e feridos.
- Mais de 32 mil casas foram danificadas e 290 destruídas; cerca de 800 imóveis comerciais foram danificados e 90 destruídos; 120 prédios públicos também sofreram danos - enumerou o senador.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, citou Pavan, o ministro do Desenvolvimento Nacional Ciro Gomes só vai agir depois que os prefeitos decretarem estado de calamidade pública e apresentarem planos de trabalho.
- Provavelmente, o governo só vai agir depois que os especialistas em meteorologia decidirem a bizantina discussão sobre ter sido um ciclone extratropical ou um furacão - ironizou.
Pavan acrescentou que não existem planos de contingência, não há verbas disponíveis para calamidades e emergências e a inércia do governo federal é absoluta. "Paquidérmica", disse o senador.
- Propaganda e promessas não reconstroem casas, não salvam produtores das dívidas resultantes das perdas de safras, não equipam a defesa civil, não realizam obras contra enchentes e não tapam buracos em estradas - afirmou o senador, que apresentou uma lista das necessidades do estado que será também enviada ao governo federal.
30/03/2004
Agência Senado
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