Pavan reclama da redução de recursos para combate à Aids nos programas executados em Santa Catarina
Em discurso no Plenário, nesta sexta-feira (22), o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) fez apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Saúde, Humberto Costa, para que não haja mais cortes nos recursos dos programas de prevenção à Aids. O senador contou que esses recursos vêm sendo diminuídos em até 40% nas cidades de Itajaí e no Balneário de Camboriú, em Santa Catarina.
- É importante que não sejam permitidos cortes nessa área, especialmente agora que os efeitos dos programas de prevenção estão sendo sentidos. Essas cidades conseguiram grande redução na incidência de Aids. Em Itajaí, a redução foi de 88,8% para cada grupo de 100 mil habitantes em 1999, e de 27,4% em 2002. O programa de prevenção deu certo - informou.
O senador disse que as denúncias vêm sendo feitas nos jornais do estado e indicam a -paralisia do atual governo em relação a programas implantados na gestão passada-, mesmo os reconhecidos internacionalmente, como é o caso dos que previnem a Aids. Pavan considera a situação um enorme retrocesso do governo petista, que está -virando as costas para programas sociais de sucesso-.
De acordo com Pavan, os cortes vêm forçando os municípios a reduzirem os trabalhos de prevenção. Em Itajaí esse serviço pode parar em 30 dias por falta de dinheiro para pagamento de pessoal. A cidade conta hoje com 18 profissionais trabalhando na área de prevenção de Aids destinados a profissionais do sexo e usuários de drogas. Mas, no passado, um total de 30 pessoas prestavam esse serviço.
- Com a interrupção dos trabalhos pode haver um crescimento do número de casos da doença - alertou.
O senador afirmou que tanto em Itajaí quanto no Balneário de Camboriú as secretarias de Saúde estão buscando junto às prefeituras formas de manter o pessoal contratado. Normalmente, o dinheiro vem via Ministério da Saúde. O senador informou que pelas condições portuárias e potencial turístico, as duas cidades estão entre os municípios que detêm os maiores números de casos de Aids no Brasil. -Mas também são as que têm os melhores programas de combate e prevenção, reconhecidos pelo próprio Ministério da Saúde-, afirmou.
22/08/2003
Agência Senado
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