Pavan diz que CPI é conduzida com truculência
O líder do governo na Assembléia Legislativa, Ivar Pavan, afirmou hoje que a CPI da Segurança Pública instalada no Legislativo continua trabalhando sem fatos concretos e colhendo alguns depoimentos que mais parecem fofocas. “Eu estranho que hoje os mesmos deputados que negaram no voto a dar publicidade destes documentos à opinião pública, festejem o arquivamento do envelope amarelo”, destaca o deputado. Ele acrescentou que discorda da postura de alguns membros da CPI que têm se manifestado contra o trabalho da polícia de investigar bancas do jogo do bicho.
Ivar Pavan criticou ainda o método que vem sendo utilizado pelo relator e pelo presidente da CPI, que aproveitaram a ausência dos dois titulares do PT que estavam em missão no exterior - Pavan acompanhou a comitiva que participou da reunião da OIE em Paris para tratar da aftosa e Ronaldo Zulke, está no Canadá numa missão empresarial - para convocar 13 delegados, enquanto o combinado era que apenas um delegado seria chamado para depor na última quinta-feira (31/5). “Esta truculência retira a seriedade da CPI” enfatiza.
Ele avalia que da forma como vem sendo conduzida, a CPI não tem condições de apontar os problemas reais da segurança pública e contribuir para a sua solução. “Seria leviandade da minha parte se eu, como deputado, começasse a dar depoimentos e entrevistas sobre o que escuto pelos corredores. Por exemplo: me disseram que têm parlamentares envolvidos com a contravenção. Vira um dizque-dizque que não leva a nada sério” afirma, comparando aos depoimentos dos delegados que falaram até agora na CPI. Ivar Pavan conclui dizendo que até agora não há nada concreto nas versões levantadas pelos delegados.
06/01/2001
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