Pavan diz que depoimentos de hoje à CPI não trouxeram fatos novos
O líder do governo na Assembléia Legislativa, Ivar Pavan (PT), avalia que os depoimentos prestados na CPI da Segurança Pública, nesta quinta-feira, 18 de outubro, não acrescentaram nada de novo. Depuseram o ex-tesoureiro do PT, Jairo Carneiro, e os ex-proprietários do imóvel vendido ao Clube da Cidadania e onde, atualmente, funciona a sede estadual do PT. “Foram quase quatro horas de depoimentos sobre temas que não têm absolutamente nada a ver com a questão da segurança pública”, avalia.
Segundo Pavan, a CPI abandonou de vez o debate sobre a segurança para investigar o PT. “A convocação de contribuintes do Clube da Cidadania escancara o objetivo inconfesso desta CPI, que é manter o PT sob permanente suspeita”, assinala.
Para o deputado, está comprovado que a busca de soluções para problemas históricos na área da segurança pública não interessa à oposição. “O que ela pretende é usar a CPI como instrumento para atacar o governo e o PT”, frisa.
CONTAS PARTIDÁRIAS - O deputado Ronaldo Zulke (PT) frisa que não há nada de irregular nas contas da campanha do PT, que foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, e nem nas doações feitas ao Clube da Cidadania. "Nem as contas dessa entidade nem as do PT são objeto de investigação da CPI. Portanto não há nada, além da determinação da oposição de gerar suspeitas, que justifique estes depoimentos", salienta. Zulke afirma ainda que a bancada petista apóia a realização de uma auditoria nas contas partidárias, desde que a medida atinja todas as siglas. "Não temos o menor constrangimento em discutir este tema. No entanto, todos os partidos devem abrir suas contas ao debate e o fórum apropriado para isso, certamente, não é a CPI da Segurança Pública", aponta.
10/18/2001
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