Pavan diz que postura do relator desvaloriza trabalho da CPI



 
O líder do governo na Assembléia, deputado Ivar Pavan (PT) disse que o relator da CPI, Vieira da Cunha (PDT) não tem o direito de usar sua imunidade parlamentar para ofender autoridades do governo estadual. “A postura do relator, que agrediu e ofendeu o secretário estadual de Justiça e Segurança, José Paulo Bisol, da mesma forma que tem feito com outras testemunhas, desvaloriza o trabalho da CPI diante da sociedade gaúcha”, entende Pavan.

Em questão de ordem, os deputados Dionilso Marcon e Luís Fernando Schmidt (PT) solicitaram que as expressões ofensivas do relator ao secretário Bisol fossem retiradas dos autos da CPI.

A prisão do ex-delegado Nelson Oliveira que, segundo Ronaldo Zülke (PT), prestou falso testemunho à CPI quinta-feira, dia 8 de novembro, foi solicitada pelo petista. Questionado por Zülke quando depôs, Oliveira assegurou que possui apenas uma carteira de identidade, mas ofício do Instituto Geral de Perícias atesta que o ex-delegado tem dois documentos. “Não bastasse o fato de Nelson Oliveira ter mentido à CPI, ele debochou deste Parlamento ao ingressar de forma indevida na sala onde estava sendo ouvido o secretário Bisol exibindo as duas carteiras. Este cidadão se considera intocável, afronta a CPI, o governo, o secretário”, disparou Zülke. Ele lembrou ainda que Oliveira foi um dos delegados que fomentou boatos envolvendo o governo ao jogo do bicho. “Esse senhor hoje advoga a favor de inúmeros bicheiros e foi um dos colaboradores financeiros da campanha eleitoral do relator da CPI”, revelou o parlamentar.

O líder da bancada petista, Elvino Bohn Gass, saudou o comportamento do secretário José Paulo Bisol, que não quis tornar público um documento que, conforme ele, teria grande impacto. “Nossos adversários são tão desqualificados que não entenderam que a atitude do companheiro Bisol foi uma crítica à fábrica de boatos montada pela oposição”, observa Bohn Gass. O deputado disse que a oposição age de forma irresponsável divulgando fatos sem provas e lançando suspeitas fantasiosas, mas que o secretário deu o exemplo de qual deve ser a atitude de uma autoridade. “Bisol demonstrou o quanto foi leviano a CPI ter considerado como provas fitas obtidas de forma ilegal e encaminhadas à Comissão sob o manto do anonimato”, opinou Bohn Gass.


11/09/2001


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