Senadores elogiam trabalho do relator



À exceção do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que fez duras críticas ao trabalho da CPI do Futebol, todos os integrantes da comissão elogiaram a atuação do relator, senador Geraldo Althoff (PFL-SC). Na avaliação do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), apesar dos diversos questionamentos, inclusive jurídicos, de personalidades investigadas, a CPI demonstrou a importância de que o estado tenha controle sobre os atos relacionados ao futebol. Ele disse ainda que, especificamente no que tange à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o relatório de Althoff é irretocável.

O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) afirmou que a Comissão tratou o futebol como bem público. Segundo ele, "nada é mais público do que a maior paixão deste país". Do trabalho da CPI, sustentou o senador por Goiás, resultarão mudanças que devolverão à credibilidade e a lisura ao desporto.

Alguns senadores ressaltaram o compromisso demonstrado na condução dos trabalhos da CPI de garantir aos investigados o amplo direito à defesa. Para o senador Romeu Tuma (PFL-SP), nenhum deles poderá se queixar de ter tido direitos cerceados.

- Não houve injustiças no trabalho da Comissão - disse Tuma, observando ainda que tampouco algum senador poderá argumentar que não pôde participar dos trabalhos investigativos de forma plena, já que a CPI não recusou qualquer requerimento.

O senador Geraldo Cândido (PT-RJ), considerado pelo próprio relator um dos mais assíduos da comissão, disse que a CPI reuniu muito mais do que indícios de irregularidades. Segundo ele, há "provas concretas de crimes como sonegação, apropriação indébita, evasão de divisão e falsidade ideológica". Diante disso, sustentou o senador Lindberg Cury (PFL-DF), os acusados não conseguiram apresentar provas de inocência. O senador José Coelho (PFL-PE) também ressaltou a qualidade das provas coletadas e do relatório aprovado nesta quinta-feira (6).

Mesmo ressalvando que o relatório pode ter falhado em sua abrangência, o senador Sebastião Rocha (PDT-AP) considerou o documento eficiente na apuração de diversos delitos e convincente nas recomendações que faz ao Ministério Público, à Secretaria de Receita Federal e à Polícia Federal.

- Os indícios são de grande gravidade e o Ministério Público não se furtará a investigá-los - disse Rocha.

O senador Leomar Quintanilha (PFL-TO) também elogiou o trabalho do relator, mas pediu a correção do item do relatório que expõe os repasses feitos pela CBF às federações estaduais. O texto do relatório, lido na terça-feira (4), diz que a Federação de Tocantins foi a que mais recursos recebeu da CBF, relacionando este fato ao apoio da entidade a políticos eleitos em 1998.

Quintanilha esclareceu que 16 federações receberam mais recursos do que a federação de seu estado, no ano passado. Ele salientou ainda que o valor de R$ 12 mil por mês que a entidade recebe é utilizado para o incentivo da prática desportiva entre a população carente do estado. Althoff acolheu as alterações propostas por Quintanilha.

06/12/2001

Agência Senado


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