Pavan quer rever calendário escolar para beneficiar o turismo



O vice-presidente da Subcomissão de Turismo, senador Leonel Pavan (PSDB-SC), pediu uma reavaliação do calendário escolar no Brasil. Segundo ele, -um dos itens que mais inibem o crescimento da atividade turística é a questão das férias escolares no país-.

Em discurso proferido nesta quinta-feira (8), Pavan disse que, como a maioria das pessoas programa seus passeios para o período das férias escolares, há uma grande concentração de turistas após o Natal e durante todo o mês de janeiro. Em fevereiro, já ocorre uma diminuição pela metade do fluxo de turistas. Isso, em sua opinião, causa grande prejuízo ao país e a Santa Catarina.

- Pesquisas de nossa Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú [SC, cidade onde Pavan foi prefeito por três vezes] indicam que a solução seria a alteração da Lei 9.394/96, estipulando um período fixo de férias escolares no Brasil durante os meses de janeiro e fevereiro completos - afirmou.

A medida, informou, não impediria o cumprimento da carga horária de 800 horas anuais, distribuídas por 200 dias letivos. Ressaltou que essa alteração não exigirá investimentos e evitará grandes lotações nos destinos e congestionamentos nas rodovias brasileiras.

- Temos de debater isso. Sabemos que será difícil, mas temos de debater - afirmou.

O senador destacou a realização, em Balneário Camboriú, do 20º Encontro da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet) e do 9º Encontro da Bolsa de Negócios de Turismo do Mercosul. Para este último, nos próximos dias 24 e 25, são esperados 4.500 participantes de diversos setores de turismo. Camboriú, destacou, tem 100% de sua renda vinculada ao turismo. O município, que é o 9º no Brasil em qualidade de vida, financiou cursos de turismo para 15 mil cidadãos nos últimos três anos, informou Pavan.

O discurso do representante catarinense recebeu vários apartes. O senador José Jorge (PFL-PE) lembrou que há um problema sério para a atração de turistas estrangeiros para o Brasil, que é a violência, principalmente no Rio de Janeiro, principal porta de entrada do país. A opinião foi compartilhada pelo senador Mão Santa (PMDB-PI), para quem o turista estrangeiro -está com medo-.

O senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) observou que os custos das passagens no Brasil são mais altos, ao passo que o senador César Borges (PFL-BA) afirmou que, para alcançar seu potencial, é preciso -retirar os gargalos- do turismo nacional, como a divulgação deficiente, principalmente no exterior.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), relator da Subcomissão de Turismo, afirmou que pretende ouvir os presidentes das companhias aéreas brasileiras, que atravessam uma crise, assim como o diretor do Departamento de Aviação Civil (DAC). Já o senador Duciomar Costa (PTB-PA) afirmou que -a indústria do turismo precisa ser tratada com mais carinho-.



08/05/2003

Agência Senado


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