PDT espera até segunda para decidir seu futuro
PDT espera até segunda para decidir seu futuro
O PDT gaúcho permanece em impasse pelo menos até a próxima segunda-feira, quando o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, voltará ao Estado para que, em conjunto com as lideranças locais, seja definido o novo rumo do partido no pleito regional. Brizola desembarcou em Porto Alegre ontem às 13h45min e seguiu direto para a sede do PDT, onde participou de uma cansativa e tensa reunião que durou mais de quatro horas.
Ao final do encontro, a portas fechadas, Brizola anunciou a decisão do vereador José Fortunati em manter a renúncia como candidato ao governo, elogiando a postura de "homem partidário" e a sua disposição em aceitar o apelo para que dispute uma cadeira no Congresso.
Durante o encontro, apelos unânimes foram feitos para que o deputado Alceu Collares aceitasse a missão de substituir a vaga deixada por Fortunati ao Piratini. Ele no entanto, ao deixar a sede do partido disse que não cederá as pressões e se mantém, também, candidato a reeleição para a Câmara Federal. Indagado sobre os problemas financeiros, se eles não permaneceriam mesmo com a troca de candidatos, Brizola, disse que "mesmo durante a seca pode chover, inclusive à noite. Quem sabe chove na nossa horta", ironizou.
Leonel Brizola ainda destacou que a sua prioridade e a do partido é com a eleição de Ciro Gomes. "Depois passamos a nos preocupar com o Rio Grande do Sul, acima, inclusive das questões partidárias, já que nos últimos anos o Estado têm sido sacrificado". O presidente do PDT garantiu que não será candidato a vice de Ciro, numa eventual desistência de Paulo , o Paulinho da Força Sindical. E disse que estará ao lado das lideranças gaúchas nesse processo, independente da sua campanha ao Senado pelo Rio de Janeiro. "O importante é que haja o compromisso do candidato a presidência com um projeto para o Rio Grande e não com nomes", disse Brizola ao afirmar a existência de um distância grande com os dois candidatos que, segundo ele, criaram uma falsa polarização.
O deputado Pompeo de Mattos resumiu em uma frase o encontro de ontem: "Não se pode casar a viúva na véspera do enterro do marido". Conforme o deputado, a tendência é de que o partido não tenha candidato e fique independente na eleição apresentando um projeto com matizes trabalhistas para o Estado ao candidato da Frente Trabalhista Nacional, Ciro Gomes.
Receita divulga cadastro dos candidatos
A Receita Federal começou a divulgar ontem os números de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) dos candidatos e dos comitês de campanha. Com esse número, eles terão prazo de cinco dias úteis para abrir uma conta bancária específica, na qual serão centralizadas todas as doações financeiras.
Recursos de campanha que estejam depositados em outras contas deverão ser transferidos para esta conta específica. A utilização de uma única conta para pagar despesas de campanha eleitoral é uma novidade criada neste ano, a partir de um convênio entre a Secretaria da Receita Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de controlar a movimentação dos recursos, reduzindo as chances de ocorrer o uso de caixa dois.
As inscrições no CNPJ e as contas correntes abertas com esses números serão cancelados até 31 de dezembro deste ano. O TSE enviou para a Receita, dias atrás, a relação de todas as pessoas que concorrem a cargos na eleição de outubro. Com base nessa listagem, a Receita inscreveu todos os candidatos no CNPJ. Para saber qual é seu número de inscrição, o candidato deve entrar no site da Receita na Internet (www.receita.fazenda.gov.br) e informar o Estado pelo qual concorre a eleição, partido e o registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral. Essa consulta pode ser feita também por qualquer cidadão. Fazer doações e pagamentos de despesas de campanha fora das contas específicas será considerado crime eleitoral. A Receita Federal utilizará informações sobre o recolhimento da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) para detectar movimentações fora da conta.
Periodicamente, os bancos enviam à Receita dados sobre os volumes movimentados em cada conta corrente.
Essa informação é utilizada para verificar se a CPMF foi devidamente recolhida. No entanto, os mesmos
dados podem ser cruzados com outros - como, por exemplo, a renda declarada para efeitos do Imposto de Renda. Já houve casos em que a Receita detectou movimentações financeiras muito mais elevadas do que a renda declarada e, com base nessa incompatibilidade, abriu processos de fiscalização. O mesmo procedimento poderá ser utilizado para detectar movimentações fora de padrão nas contas pessoais de candidatos e seus assessores. A Receita informou também que investigará denúncias de movimentação de recursos de campanha fora das contas específicas. Nesses casos, não só haverá fiscalização da Receita como também comunicação ao TSE.
Cartórios reclamam do novo horário de funcionamento
A mudança no horário de funcionamento dos cartórios nas 160 comarcas do Estado está preocupando os servidores. Desde ontem os cartórios estão novamente abertas ao público entre 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 18h30min, encerrando, assim, o período de duas horas que os servidores tinham durante a manhã para o expediente interno. Desde setembro de 2000, os cartórios destinavam o horário das 8h30min às 10h30min somente para organização e avaliações de processos - o que segundo eles agilizava o atendimento aos advogados no período da tarde.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores da Justiça do RS (ASJ), Paulo Olympio, o horário de expediente interno aumentou a produtividade dos cartórios entre 1999 e 2001. Ele diz que houve um aumento de 12% no número de processos que entraram no Tribunal de Justiça e que o número de ações julgadas cresceu de 558 mil para 617 mil nos dois anos. Olympio afirma que a ASJ pedirá o retorno do expediente interno ao Conselho da Magistratura - que decide o regimento do TJ. "Vamos pedir que o expediente interno volte para toda a manhã", diz.
O tabelião da 1ª Vara da Fazenda Pública, Amélio Todero, afirma que com a mudança colocada em prática ontem o serviço perderá qualidade, já que o balcão é sempre prioridade. "Sempre colocamos funcionários a mais no balcão para atender os clientes", explica. Ele diz que os servidores precisam fazer hora extra após o expediente e aos sábados para atender os 200 processos diários que chegam à Vara.
Segundo o corregedor geral da Justiça, Marcelo Bandeira Pereira, o Tribunal de Justiça está atendendo a um pedido dos advogados - que queriam o horário integral de oito horas para atendimento. Ele também afirma que já foi autorizada a contratação de 200 funcionários para os cartórios, apesar de admitir que há uma defasagem de pessoal. "O ideal seria em torno de mil novos servidores", considera.
Dívida pública cresceu R$ 73 bilhões em julho
O mês de julho entrará para a história do endividamento público. A cada 24 horas, a dívida líquida cresceu quase R$ 2,4 bilhões. Em 31 dias, foram R$ 73 bilhões. Isso depois de um aumento de R$ 41 bilhões em junho. "Ninguém imagina que daqui para frente ocorrerão desvalorizações acima dos 12,8% deste mês", comentou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, durante divulgação do resultado de junho, que já foi considerado uma elevação monstruosa da dívida líquida.
A desvalorização do real em julho foi de 20,6%, tomando como base a taxa média diária calculada pelo BC, a Ptax. Isso coloca a dívida numa trajetória explosiva. O saldo deverá ultrapassar os R$ 820 bilhões em julho, cerca de 64% do Produto Interno Bruto (PIB) - tudo o que é produzido pelas empresas nacionais e por grupos estrangeiros instalados no País. A desvalorização do real no mês passado só perde para a registrada em janeiro de 1999, quando houve a ruptura no modelo de bandas cambiais. Naquele ano, em 31 dias, o real perdeu 64% do seu valor ante ao dólar e a dívida subiu R$ 93 bilhões no mês.
"Esse é um movimento temporário. A bomba será desarmada quando o dólar voltar a níveis mais realistas e isso já pode estar começando", comentou uma fonte do BC, referindo-se à queda de 9,51% da cotação do real ante o dólar registrada hoje. A moeda estrangeira fechou o dia cotada a R$ 3,14, depois de encerrar quarta-feira a R$ 3,47. Se esse desarme começou realmente, só o tempo dirá, mas o fato é que o valor espantoso do mês passado deixou alguns estragos.
Ontem, a agência de classificação de risco inglesa Fitch Rating anunciou que o Brasil poderá ter a sua nota rebaixada. No linguajar técnico, o rating soberano do País foi colocado em observação negativa. As razões, justificam os analistas, são as contínuas condições desfavoráveis do mercado no País e o conseqüente impacto sobre os fundamentos de crédito.
Mais do que o volume, o que preocupa analistas e investidores é o perfil da dívida pública brasileira. O prazo é curto e praticamente um terço dela está atrelada diretamente ao câmbio. Se for considerada também a parcela da dívida externa que é convertida para reais na hora de calcular a dívida líquida do setor público, essa participação chega a quase metade do endividamento público. Com isso, qualquer movimento mais brusco no mercado financeiro provoca oscilação na dívida. A vantagem é que, como ela não está vencendo integralmente agora, o País pode se beneficiar de uma queda no estoque da dívida se o dólar recuar.
"A reversão desse estrago feito em julho é possível. Mas, no curto prazo, essa elevação cria desconfiança e pode estimular uma onda de rebaixamento da classificação de risco brasileira", afirma o economista Júlio Callegari, da consultoria Tendências. Os números assustadores também servem para alimentar as teses de que o Brasil caminha para um calote da dívida.
Cotação do dólar cai para R$ 3,14
Depois de oito recordes consecutivos, o dólar despencou 9,51%, uma das maiores quedas em apenas um dia desde a implantação do plano Real. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,14 na venda, após acumular alta de 15% nos três dias pregões anteriores. Começa a haver a percepção de que o dólar está alto demais.
Circularam boatos ontem que davam o acordo entre o governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como certo e especula-se que o montante ficaria entre US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões. A manifestação do secretário do tesouro norte-americano, Paul O'Neill de que apóia a ajuda para o Brasil contribuiu para acalmar o nervosismo.
O risco-brasil, medido pelo JP Morgan desabava às 17h em queda de 10,44% para 2.066 pontos. Os C-Bonds, principais títulos brasileiros negociados no exterior, recuperaram parte das perdas da semana com alta de 6,97% para 55,625% do valor de face. Operadores disseram que o BC estaria recomprando parte dos títulos.
A autoridade monetária também vendeu dólares à vista, em valor superior aos tradicionais US$ 50 milhões.
Pela manhã, o BC realizou um leilão de linha externa no valor de US$ 150 milhões ao mercado. A operação permitiu a rolagem de parte dos US$ 335 milhões de dólares em linha externa que deve ser devolvida na próxima segunda-feira.
Ajudou para o recuo da moeda novos boatos sobre as pesquisas eleitorais que mostram o candidato do governo, José Serra (PSDB), reaproximando-se do segundo colocado, Ciro Gomes (PPS). "Ainda não é possível falar em melhora, pois a instabilidade permanece", afirma o diretor de mesa da Solidus Corretora, Émerson Lambrecht. A calmaria do mercado, acredita, depende do que será anunciado pelo governo.
Parte do alívio ontem foi proporcionado pelo fim da especulação dos dias anteriores, provocada pelo vencimento de contratos. Na quarta-feira a cotação chegou a valer R$ 2,60 com a briga pela formação da Ptax. O mercado, entretanto, ainda é comprador de dólares. Somente este mês deve vencer entre US$ 1,7 bilhão e US$ 1,8 bilhão.
Pacote garantirá R$ 14,4 bilhões
O governo federal contará com R$ 14,47 bilhões a menos de receitas em 2003 se não conseguir aprovar até o fim deste ano no Congresso um minipacote tributário, segundo cálculos do economista Raul Velloso, especialista em finanças públicas. As medidas que serão propostas em breve ao Legislativo para compensar pelo menos parte da perda potencial nas receitas da União estão sendo definidas no âmbito das negociações de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
As mudanças na legislação tributária também serão necessárias para o País cumprir a meta de superávit primário no ano que vem, que deverá ser elevada de 3,75% (R$ 53,3 bilhões) do PIB para no mínimo 4% no acordo com o FMI. O aperto maior nas contas públicas é uma das soluções defendidas inclusive pelo fundo para conter o crescimento do endividamento do País, que até o fim de junho estava em 58,6% (R$ 750,2 bilhões) do PIB e, em conseqüência, acalmar o mercado financeiro.
Na avaliação de Velloso, no mínimo é necessário assegurar a recomposição de R$ 2,8 bilhões das receitas proporcionadas atualmente pelas alíquotas adicionais do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas. “Uma série de outras receitas extraordinárias não vai se repetir no ano que vem e, por isso, o mais fácil será manter a sobrecarga atual na tributação”, ressaltou.
O minipacote tributário deverá englobar ainda um problema de 2004: em janeiro desse ano, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) cairá dos atuais 0,38% para 0,08%, acarretando uma redução da arrecadação de R$ 22 bilhões para R$ 5 bilhões.
Apesar das suas novas declarações, desta vez favoráveis à política econômica brasileira, o secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, ainda não havia recebido, ontem, a confirmação de um encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso durante sua visita ao Brasil, que deverá se iniciar no próximo domingo. Até o início da noite de ontem, fontes do Palácio do Planalto afirmaram que uma possível reunião para a segunda-feira ainda não havia sido marcada na agenda do presidente.
A indefinição sobre esse encontro traz dúvidas sobre a completa superação do incidente entre Brasil e Estados Unidos provocado pelas declarações de O’Neill. Entretanto, fontes do governo avaliaram que novas manifestações de O’Neill em favor do apoio do governo americano ao acordo em negociação pelo País com o FMI e à retomada das linhas de crédito internacionais ao setor privado brasileiro seriam mais eficazes, neste momento, do que a reunião com FHC.
Ontem, O´Neill disse que os Estados Unidos mantêm-se favoráveis a que os organismos multilaterais de crédito dêem apoio financeiro ao Brasil. “A equipe econômica do Brasil fez um trabalho notável ao manter políticas monetárias e fiscais sãs”, disse O’Neill.
A idéia original do governo era convidar O’Neill para um jantar com o presidente no Palácio da Alvorada.
Mas o Palácio do Planalto mudou de idéia e suspendeu o envio do convite depois das declarações do secretário de que o Brasil, a Argentina e o Uruguai precisam “implementar políticas que garantam que, assim que o dinheiro auxiliar for concedido, trará benefícios e não simplesmente sairá do País para contas bancárias na Suíça”.
Alta do dólar inibe venda de viagens internacionais
Após o dólar ter rompido a barreira dos R$ 3,00, as agências de turismo já trabalham com a retração de 15% das vendas de pacotes internacionai s. O presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav), Mário Dick, adianta que a previsão deve se confirmar, já que a queda era prevista desde o atentado de 11 de setembro.
A curto prazo, o efeito será o aumento da procura por viagens dentro do País. “No primeiro momento é um susto, mas com certeza o turista não deixará de viajar. Apenas escolherá destinos nacionais com preços mais próximos do seu orçamento”, prevê Dick. Esse será o trunfo para não derrubar o faturamento que as agências esperam manter próximo ao de 2001. O sócio da Dicktur, Rogério Rocha, alega que as ligações e solicitações se mantiveram, principalmente no turismo de negócios. “A tendência é que diminuam as viagens de lazer para os Estados Unidos e Europa, mas quem precisa viajar a trabalho continuará indo”.
O diretor da Aerotur - que teve um incremento de 54% nas vendas de passagens internacionais do primeiro semestre de 2002 em relação ao mesmo período de 2001 - Maurício Feijó, não tem a mesma confiança. Com a alta da moeda norte-americana, ele acredita que os negócios serão suspensos e as viagens também.
“Esperamos que o dólar baixe. Ninguém tem idéia de que rumo ele está tomando”.
O segmento de intercâmbio está mais seguro. Apesar do pessimismo geral, a venda de cursos no exterior não devem vai sentir o desânimo dos passageiros nesta estação. “As famílias fazem um planejamento muito sério para os filhos e acabam materializando a viagem para não frustrá-los”, explica o diretor do Student and Travel Bureau (STB), Beto Conte. Contudo, os efeitos aparecerão a médio e longo prazo. “Quem pretendia viajar na baixa estação, em setembro, está postergando o embarque”.
Para entusiasmar os turistas, pacotes mais baratos estão sendo oferecidos para outros destinos, como Canadá e Nova Zelândia, como ocorreu nas crises de 1999 (quando o dólar saltou de R$ 1,23 para R$ 2,00) e no atentado de 11 de setembro. “As pessoas reduzem o período de estadia, o nível da escola e a carga horária das aulas para manter o sonho da viagem”, argumenta o diretor do STB, que espera enviar 10 mil estudantes para o exterior em 2002.
Saldo comercial é maior desde outubro de 1994
Em tempos de turbulência no mercado financeiro e cambial, uma boa notícia: a balança comercial alcançou em julho um saldo positivo de US$ 1,197 bilhão, o maior desde outubro de 1994, e já acumula um superávit de US$ 6,4 bilhões nos últimos 12 meses (ou US$ 3,8 bilhões nos sete meses de 2002).
O resultado acumulado em 12 meses supera a previsão inicial do governo de US$ 5 bilhões de saldo para este ano, que deverá ser revista nas próximas semanas. “Estamos fazendo um trabalho conjunto com o Banco Central para chegar a uma nova previsão”, informou a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Lytha Spíndola. Segundo ela, o número de julho é “excepcionalmente bom”, mas ainda sofre o efeito da normalização dos registros de exportações posterior á greve da Receita Federal. As exportações de julho bateram um recorde histórico, chegando a US$ 6,223 bilhões - 25% a mais do que no mesmo mês de 2001. No acumulado do ano, elas seguem 7,7% abaixo de 2001, embora com tendência de recuperação. A queda de 10,7% verificada no primeiro quadrimestre, por exemplo, caiu para 4,1% entre maio e julho.
De acordo com a secretária, essa recuperação se deve principalmente a safra agrícola e a alta dos preços internacionais de commodities (o preço do óleo de soja, por exemplo, subiu 33% em relação ao ano passado) e, em menor escala à desvalorização do real, que ainda é um fenômeno recente. O impacto definitivo do choque cambial sobre as exportações, segundo Lytha, dependerá do tempo pelo qual a atual situação se prolongar. “Uma semana de desvalorização não tem muito efeito sobre o comércio exterior”, disse a secretária.
Artigos
Uma lupa sobre as faixas etárias
Gaudêncio Torquato
Vistas com os olhos da estatística, as densidades eleitorais atestam apenas o crescimento populacional das faixas etárias. Colocadas sob a lupa sociológica, expressam a dinâmica das mudanças sociais e a teia de interesses de determinados grupamentos, principalmente quando estes são analisados à luz de suas referências básicas. Nesse sentido, os últimos números exibidos pelo TSE constituem um interessante painel dos sentimentos e expectativas da sociedade brasileira. Mostram, por exemplo, que o País, de 1998 para 2002, caminhou uns bons passos na trilha da racionalidade. Isso porque o maior aumento no colégio eleitoral de 115 milhões de eleitores ocorreu no contingente entre 45 a 59 anos, que soma, hoje, quase 23 milhões e meio de eleitores, 2.786.494 a mais do que em 1998. Neste segmento está encravada a maior base do edifício da racionalidade, se considerarmos que abriga os profissionais que, ou atingiram a plenitude de suas carreiras, ou estão bem localizados no ranking de suas profissões. Trata-se do tronco mais forte da maturidade política.
Professores, executivos, pequenos e médios produtores, profissionais liberais das mais variadas áreas do conhecimento, enfim, os pólos formadores de opinião constituem os carros-chefes que lideram o pensamento racional do País. A filtragem se impregna dos valores do contingente, entre os quais o poder crítico, a pertinência de pontos de vista, o inconformismo e a intolerância ante as distorções e desvios da vida institucional, a capacidade de fazer distinções entre propostas de candidatos e a preocupação de não se deixar levar pela excessiva camada de cosmética que desfigura os atores políticos. Trata-se de um conjunto de referências que sinalizam a necessidade de mudanças no modelo econômico. A idéia básica que alimenta o pensamento dessa população é a de que a estabilidade da moeda já deu o que tinha de dar, faltando ao País eixos diferentes, trilhas ainda não caminhadas e novas motivações para o resgate da auto-estima dos cidadãos.
A angústia de se caminhar sem sair do lugar percorre os sentimentos desse grupo. Nesse sentido, José Serra representaria a continuidade, Lula, uma mudança muito drástica e de efeitos desconhecidos, e Ciro, por enquanto, seria o ator a promover a mudança sem virar, abruptamente, a mesa. Outra variante com capacidade de força decisória, também pinçada da estatística eleitoral do TSE, está no contingente entre 18 a 24 anos, o chamado poder jovem, que recebeu o segundo maior aumento de votos nos últimos quatro anos, precisamente 2.716.403. Significa dizer que esse núcleo, com mais de 22 milhões de eleitores, simboliza um vetor de força sem compromissos com o status quo. Nesse território, a emoção ganha da razão. Deriva daí uma forte inclinação para o jogo de paixões e para a tendência de se privilegiar perfis e atores que se encaixem na moldura emotiva. Lula, nesse caso, representaria a banda maior dos sentimentos dessa faixa etária, por sinalizar maior propensão para a ruptura, mas Ciro, pelo estilo tonitruante do perfil, também marca forte presença. Serra não oferece grandes atrativos ao contingente.
A faixa etária com maior número de eleitores é a de 25 a 34 anos, com quase 28 milhões de eleitores. Teve pequeno crescimento da última eleição presidencial. Se considerarmos que essa é a faixa que abriga imensos núcleos à procura de melhores oportunidades, aí incluídas as possibilidades de um novo emprego, aperfeiçoamento profissional, melhoria salarial, redefinição de carreira, mudança no estado civil, pode-se inferir que ela é, por excelência, o território da contrariedade. Se o jovem faz crítica por crítica, o cidadão em fase do amadurecimento profissional faz crítica por convicção. Trata-se de uma questão epidérmica. O sofrimento, a angústia, as carências e as expectativas ingressam no sistema de filtr os, sedimentando uma decisão que, seguramente, vai apontar preferência por atores mais comprometidos com o bem-estar e a segurança do segmento. Lula ocupa aqui os maiores espaços. A radiografia eleitoral do País mostra, ainda, que o Sudeste (43,98%) e o Sul (15,47%) diminuíram um pouquinho a sua participação no cômputo geral, tendo o Nordeste (26,91%), o Centro-Oeste (6,96%) e o Norte (6,62%) ganho pequenas fatias. Houve um aumento das mulheres candidatas, tanto para a Câmara (12,88%) como para as Assembléias (14,64%), ganhando as primeiras 2,58% e as segundas 1,63% em relação ao pleito de 98. As mulheres, aliás, constituem alvo principal da campanha. Seus valores e referências detêm um poder de força que decidem os rumos de um pleito. Mas isso é história para outro capítulo.
Colunistas
ADÃO OLIVEIRA
Conexão Brasília
Os programas econômicos dos candidatos a presidente serão debatidos num seminário no dia 8, em Brasília.
Organizado pelo Conselho Federal de Economia (Confecon), o congresso - chamado Programas Econômicos em Debate - Propostas dos Presidenciáveis - reunirá os economistas responsáveis pelos projetos econômicos dos concorrentes. Eles debaterão com economistas as idéias para o Brasil no período 2003/2006. Do plano econômico do candidato a presidente José Serra (PSDB-PMDB), falarão os economistas Gesner Oliveira e Geraldo Piasoto; a defesa do programa do candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), será feita pelo economista Mauro Benevides Filho, do PPS; sobre as propostas do candidato da Frente Brasil Esperança a presidente, Anthony Garotinho (PSB-PGT-PTC), falará o economista Tito Ryff, e o candidato a senador Aloizio Mercadante (PT-SP) defenderá as propostas do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (Coligação Lula Presidente).
Congresso
O Congresso reabriu ontem seus trabalhos, após um mês de recesso parlamentar. Mas somente na próxima semana haverá um esforço para tentar votar, na Casa, duas medidas provisórias, o projeto que trata do fim da cumulatividade do PIS e Cofins e outro que se refere à segurança pública.
Agronegócio
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, ressaltou ontem que o agronegócio respondeu por 29% do PIB, e que 27% da população economicamente ativa (PEA) trabalha em setores ligados à agricultura. "A visita do presidenciável tucano José Serra à sede da Embrapa ressalta a importância do agronegócio para o País", afirmou. Pratini participou, com Serra, de solenidade na sede da Embrapa, em Brasília.
Eleitor
O tamanho do desconhecimento que os eleitores têm dos candidatos é surpreendente. As tabelas disponíveis no site do Datafolha constatam que uma parcela importante de eleitores diz que conhece pouco os candidatos (só de ouvir falar ou não conhecem): Lula 32%, Ciro 49%, Serra 46% e Garotinho 55%. A consultora de pesquisas do Grupo Estado, Fátima Pacheco Jordão, acredita que esses dados ajudam a explicar a atual volatilidade na intenção de voto e reforçam a importância do horário de propaganda eleitoral que começa no dia 20.
Posse
O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), defendeu ontem, a mudança na data da posse do próximo presidente eleito no País. Para Aécio, a data deve ser transferida do dia 1º de janeiro para 6 de janeiro, a começar pelo ano que vem. Segundo ele, a mudança permitiria a presença de Chefes de Estado de outros países, o que não aconteceria no dia 1º de janeiro, que é considerado feriado em vários locais.
Crise
O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse ontem que a crise que atinge a economia é preocupante porque envolve "fatores invisíveis". "A opinião do mercado não reflete a força do País", afirmou ele lembrando que o Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo.
CARLOS BASTOS
PL quer um federal e dois estaduais
O PL do Rio Grande do Sul está realizando um trabalho com o objetivo de no mínimo eleger um deputado federal, que seria a reeleição de seu atual representante Paulo Gouvêa, e dois deputados estaduais. Eles contam muito com a penetração do partido em igrejas evangélicas, e também com o crescimento da candidatura do capitão Aroldo Medina, que disputa o Palácio Piratini. Para o Senado, o PL concorre com o vereador da capital, Valdir Caetano. Além de Paulo Gouvêa, os liberais gaúchos contam para deputado federal com o capitão Enir dos Reis, que é vereador de terceiro mandato em Santa Maria, e em 1998 fez 25 mil votos para a Câmara Federal, com o ex-vereador em Porto Alegre, Luiz Negrinho, com o coronel Luiz Fernando Puhl, da Brigada Militar, com o vereador Paulo Toledo da Luz, vereador de Sapucaia, e Adelar Baier, líder evangélico e vereador em Pelotas.
Diversas
Última
Famurs realiza assembléia geral extraordinária hoje, a partir das 14 horas, no auditório da entidade, para avaliar a nova proposta do governo do Estado para pagamento das parcelas em atraso do salário-educação às prefeituras. Os municípios, segundo a Famurs, ainda não receberam os recursos da saúde em função do impasse no acerto de contas.
FERNANDO ALBRECHT
Vida de candidato
É dura a vida de candidato. E de candidata. A vice da chapa do PPB, Denise Kempf, que o diga. Entra em passeata, em comício, em carreata, visita município após município, aperta milhares de mãos, ouve pedidos dos mais variados e impossíveis de serem atendidos, pedidos de emprego coisa e tal. Mesmo subir em caminhão exige um certo preparo físico - e uso de calças compridas.
Prêmio Abamec
Ana Borges, repórter de Economia do Jornal do Comércio, recebeu o Prêmio Abamec Regional 2001 por seu trabalho na cobertura do mercado financeiro. Entre veículo premiado e repórter, o JC
já recebeu cinco prêmios Abamec de 1998 até agora.
A prima sprimitura de...
A Confraria dos Charuteiros promove segunda-feira um lauto jantar com pratos escolhidos pelos cônsules Caco Schuck (Guatemala) e Walther de Kroes (Holanda), com o empresário Antônio Sartori de chef. Ao submeter o cardápio ao presidente da confraria, o médico Moacir Zaduchliver, Sartori explicou detalhadamente a pièce de resistence: linguado de águas profundas na manteiga negra com alcaparras maceradas, pimenta e azeite grego prima sprimitura .
...um prato internacional
Isso sem falar nas folhas de limoeiro org ânico e do basílico italiano e hortelã inglesa. Ante a perplexidade de Zaduchliver pela receita multinacional do prato, Sartori sentenciou: "A vida sem frescuras não vale a pena".
A frase bem que poderia ser subscrita por PM que saiu do armário. Zaduchliver deu então o OK. Afinal, ele é um esculápio que encara tanto um mocotó da volta do Mercado quanto as sofisticadas iguarias vendidas na casa Fauchon, de Paris.
Histórias da cidade: o nocaute
Quando o médico Fernando Lucchese chega perto do cidadão de Porto Alegre Miguel Pergher, guarda uma prudente distância do executivo da Vinícola Aurora. Quando colegas de colégio em Farroupilha, décadas atrás, Lucchese deu uma surra histórica em Miguelão. Hoje, Lucchese está igual, mas Miguelão mede 1m88cm e pesa 140 kg. Às vezes ele lembra o episódio justo quando Lucchese está perto.
A mão tucana
Pelo jeito é grande a falta de recursos na campanha de Germano Rigotto, candidato do PMDB, que até agora conseguiu imprimir santinhos e cartazes graças a ajuda de José Serra. Até o único telefone que funciona no comitê de Rigotto pertence ao PSDB.
Novo cheque
Vendedores de gráficas e de anúncios (santinhos) já adotaram a nova nomenclatura para pré-datados de campanha: É o Cheque Partidário, que é carimbado uma vez, volta para a gaveta e é reapresentado dois anos depois, na próxima campanha. Agora, por exemplo, estão sendo cobrados os cheques partidários da campanha municipal de 2000.
PL X PSTU
No debate dos candidatos ao Piratini ontem na Comissão de Agricultura da Assembléia - dos 13 só foram quatro - o capitão Medina, candidato ao Piratini pelo PL, acusou o MST de ser uma milícia, narrando com detalhes ações como usar bujões de gás como explosivos em trincheiras. O candidato Júlio Flores (PSTU) rebateu e disse que os fazendeiros também tinham sua milícia.
O veto
Lucidio Gontan, da Comunicação da Secretaria de Estado da Cultura, e Paulo Ledur, presidente do Conselho Estadual de Cultura, explicam que o veto ao projeto de Miguel Proença se deveu ao fato de o pianista ter dado o Rio de Janeiro como sendo sua residência, o que impediu legalmente o CEC de apreciar o projeto.
Parabéns para você
Uma empresa chegar a 125 anos de existência é uma façanha em qualquer lugar do mundo, ainda mais no Brasil e no Rio Grande do Sul. O grosso das tradicionais empresas gaúchas de todas as áreas foram para o brejo. Pois a Rotermund, de São Leopoldo, chega à vetusta idade vivinha da silva. Os parabéns serão cantados em setembro.
Saia justa
Integrantes do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia não gostaram das afirmativas da presidente do Sindicato das Empresas de Software, Gisele de Oliveira, no aniversário da entidade. Segundo eles, para valorizar seu projeto de implantar tecnópole em Canela e Santa Cruz, a presidente do Seprors negou a Tecnópole de Porto Alegre, iniciada na gestão Tarso Genro na prefeitura.
Que viagem!
O colunista Adão Oliveira não viaja na maionese e sim no sorvete. Quando esperava um amigo ontem, no aeroporto de Brasília, Adão escorregou num sorvete derramado no saguão e se espraiou no piso não sem antes ensaiar um vôo parecido com o do 14 Bis. Ecoou no saguão a pergunta: "É um pássaro, um avião? Não, é o Adão!". Valeu-lhe uma lesão no tornozelo e outra no joelho.
Boa notícia
Ontem dez equipes da Smov foram às ruas para uma operação tapa-buraco, situação agravada com as últimas chuvas. Hoje, serão 15 as equipes e o mesmo esforço será feito neste sábado. São Pedro não tem ajudado a secretaria de Guilherme Barbosa, mas a turma faz o que pode.
Pesquisa Como & Porque: é 7,5 o número médio dos leitores por exemplar do JC>p>.
Vereador Pestana Neto (PT) apresentou projeto instituindo o dia 11 de setembro como o Dia da Democracia Participativa.
Clientes Claro/Americel/ATL/Tess podem receber fatura do Credicard no celular.
Planalto Turismo lança pacotes para uma Noite Italiana em Antônio Prado de 10 a 17 de agosto.
Prefeitura de Canoas/Hospital N.S.das Graças disponibilizam ecografias para os carentes.
Universidade Federal de Santa Maria realiza de 7 a 8 de agosto a Feira de Tecnologia, Ciências e Artes.
Escola Superior do Ministério Público apresenta hoje sua nova marca no Congresso Estadual do MP.
Erro nosso: José Zortéa é diretor regional do Senai e não do Sesi.
Editorial
PORQUE O DÓLAR NÃO VALE MESMO R$ 3,50
Histeria, especulação, vontade de ganhar aqui o que está sendo perdido nos mercados dos Estados Unidos e um pouco de imprevidência brasileira, esta a combinação fatal que levou o dólar dos Estados Unidos a bater em incríveis R$ 3,50, uma demasia, irrealidade sem justificativa no Brasil verdadeiro. Por conta disso temos dois Brasis, o do mundo real, dos que estão trabalhando e produzindo, mesmo com dificuldades, expectativa de uma ótima safra agrícola, e este outro, o do mercado financeiro, que nos deixa à beira de um ataque de nervos. Mesmo assim, as pessoas físicas não correram para o dólar paralelo, que tem valor, em alguns dias, abaixo do dólar comercial, situação raríssima no mundo. Na verdade, as melhores cabeças pensantes da economia são unânimes em dizer que o País esteve em situações piores e os problemas foram superados. Ora, há seis meses o dólar custava R$ 2,29, portanto, muito desta elevação é fabricada, o que mudou nos fundamentos macroeconômicos para justificar a escalada classificada pelo presidente da Fiergs, Renan Proença, de "terrorista"? Começa que o Brasil tem ajuste fiscal em andamento há quatro anos e sendo ele mantido pelos próximos exercícios, a dívida pública começará a declinar a partir de 2003. O superávit do setor público, hoje em 3,75%, é suficiente para pagar os juros da dívida e reverter a escalada do montante do débito carregado pelos governos e estatais. No entanto, é necessário que a economia cresça a 3,5% a partir de 2003 e até o final da década, considerado viável pelos economistas. Isso, mais o superávit de US$ 3,8 bilhões e a extensão do acordo com o FMI afastam o pânico.
Da mesma forma, este cenário prevê uma taxa de juros, descontada a inflação, de 9% ao ano. Atualmente, a economia está crescendo em torno aos 2% e os juros reais são de 11%. Somente a partir do próximo ano é que o quadro se reverterá, desde que a histeria cambial não ponha por terra o esforço feito, sendo que a taxa de juros vem caindo e o real está subvalorizado em relação ao dólar. Aumento da taxa de juros e depreciação da moeda brasileira nos próximos cinco a 10 anos são hipóteses descartadas pelo Banco Central, na ótica de Armínio Fraga. O medo dos investidores está focado na trajetória da dívida pública, quanto esta é relativamente pequena e está provisionada no Orçamento, o que houve é uma concentração de compromissos, em julho e agosto, de empresas privadas, as quais não conseguiram rolar os débitos, como ocorreu até o primeiro trimestre. Além disso, no início do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso a dívida pública equivalia a 30% do PIB, hoje está em 58%. A tendência deve ser revertida porque muitos fatores que contribuíram para esta situação não mais existem. O governo federal reconheceu todos os "esqueletos" que estavam guardados nos armários da contabilidade, como a correção do FGTS nos Planos Collor I e Verão, o rombo nas contas públicas que houve até 1998 e a conseqüente flutuação do dólar em janeiro de 1999, acarretando um "overshooting" que superamos, além das altas taxas de juros reais que foram impostas para atrair dólares, isto sim, uma tragédia para o endividamento. Sem ufanismo, o dólar não vale R$ 3,50 - tanto que cedeu bastante ontem -, os mais respeitados especialistas dizem que a moeda norte-americana custaria em torno aos R$ 2,35 neste início de agosto, grande diferença. Se há especulação das pessoas jurídicas, especialmente dos bancos, espera-se que percam, pois apostam contra o País e isso só é permitido aos argentinos, que sempre esperam ver o Brasil pior do que eles, desde as finanças e chegando ao futebol, como os foguetes em Buenos Aires após a derrota do São Caetano.
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08/02/2002
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