PDT inicia nesta terça reuniões para decidir quem apóia no segundo turno



O senador Jefferson Péres (PDT-AM), que foi candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), afirmou que o seu partido inicia, a partir de hoje, uma série de reuniões para decidir qual dos dois candidatos ao cargo de chefe da Nação o PDT deverá apoiar no segundo turno. Segundo Jefferson, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, chega nesta terça-feira (3) a Brasília para dar início a uma série de reuniões com deputados e senadores do PDT com o objetivo de discutir quais as principais tendências políticas para as eleições marcadas para o próximo dia 29.

Com ainda quatro anos de mandato como senador, Jefferson afirma que sua tendência pessoal, hoje, é a de apoiar o candidato do PSDB Geraldo Alckmin, "pois parece uma pessoa mais comprometida com a ética neste momento", mas o parlamentar pelo Amazonas não descarta também um apoio ao candidato pelo PT, presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Fica difícil apoiar o Lula, mas não impossível, caso ele assuma o compromisso de dar uma guinada de cento e oitenta graus no governo dele em termos de ética e se comprometa com algumas propostas que nós entendemos importantíssimas para o país. Mas se o partido simplesmente resolver apoiar o Lula por não gostar do Alckmin ou do PSDB, eu fico fora - disse Jefferson.

Na opinião do parlamentar, o PDT não deve optar pelo rumo de não apoiar ninguém e liberar o voto dos seus eleitores, pois é "dever do partido dar uma orientação". Também segundo o senador, o PDT deverá reunir-se com os dois candidatos somente se for procurado.

A realização do segundo turno nas eleições para presidente da República é, segundo Jefferson, "altamente alentador" para o país, que foi "salvo por este segundo turno". Isso porque, na opinião do senador pelo PDT, se Lula tivesse sido eleito no primeiro turno, pensaria que era o "imperador do Brasil", com poderes absolutos, pois teria o apoio da maioria do povo brasileiro.

- Isso acabou. Se ele (Lula) se reeleger no segundo turno, virá humilde, pois o povo o reprovou. Ele saberá que se elegeu, mas sem carta branca para fazer o que quiser - afirmou Jefferson Péres.



03/10/2006

Agência Senado


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