PDT negocia hoje projeto com PPS









PDT negocia hoje projeto com PPS
Brizola acredita que reivindicações serão capazes de aglutinar o partido para repetir aliança nacional

O PDT decidiu ontem iniciar negociações com o PPS para conceder apoio à candidatura ao governo do Estado. O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, reúne-se hoje, às 9h, com o candidato Antônio Britto para discutir programa de governo capaz de aglutinar os pedetistas em torno de projetos comuns, como o compromisso com as escolas em turno integral e a duplicação da Estrada da Produção. Sobre divergências passadas e a postura crítica do PDT ao governo anterior, Brizola contemporizou: 'Fomos adversários, não inimigos. Como bom político, ele revisou posições. Rompeu com o PMDB e optou pelo PPS em vez de se aliar às forças que sustentam Fernando Henrique. Sou um homem de esperança'.

A reunião entre os trabalhistas durou quase seis horas. Houve tentativa de lançar candidato ao governo e também de liberar o apoio. Porém, a tese de Brizola e os acordos preestabelecidos por ele com o candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT) à Presidência da República, Ciro Gomes, foram mais fortes. Os contrários à aliança com o PPS perderam o fôlego.

As negociações que se seguirão a partir de agora irão convergir para a formação integral da Frente Trabalhista, apesar de não poder ser oficial nem homologada pela Justiça Eleitoral. Para isso, seria necessária a realização de convenção de todos os partidos envolvidos na aliança. Brizola disse que ainda é possível indicar candidato ao governo, mas a sua declaração é vista dentro do próprio partido como forma de barganhar mais participação na campanha e em eventual governo do PPS no Rio Grande do Sul.


Rigotto defende redução de ICMS
Germano Rigotto, candidato do PMDB ao governo, reafirmou ontem a intenção de discutir a redução na alíquota do ICMS sobre alguns produtos do setor primário. 'Como vamos atrair novos investimentos, sobretudo a vinda de agroindústrias, se estamos cobrando alíquotas mais altas do que outros estados?', questionou. Segundo Rigotto, o Rio Grande do Sul não pode continuar levando desvantagem em relação a Santa Catarina e ao Paraná. Afirmou que não vai permitir a fuga de investimentos com empresas gaúchas migrando para outras regiões do país. Lembrou a sua luta no Congresso pela reforma para qualificar e simplificar a tributação, possibilitando que mais empresas participem efetivamente da vida econômica do país. Rigotto esteve em Santiago, onde foi recepcionado por carreata e participou de encontro no Sindicato Rural e na Associação Comercial e Industrial.


Klein quer incentivar emprego
O candidato ao Senado Odacir Klein, do PMDB, destacou que o estímulo à geração de emprego será prioridade na sua campanha. Enfatizou que nos programas eleitorais em rádio e televisão que começarão a ser veiculados dia 20 irá propor aos seus adversários debate sobre as questões do Rio Grande do Sul.

Klein acredita que o eleitor definirá os seus candidatos a partir do horário eleitoral gratuito. Disse que aposta na estrutura do seu partido no interior do Estado para que a candidatura cresça. Klein entende que o mandato de oito anos poderia ser reduzido para quatro anos, desde que continuasse a cumprir a tarefa como defensor dos estados. Salientou que a representatividade de cada estado do Brasil é a principal atribuição do Senado, que conta com 81 titulares eleitos pela população de 26 estados e o Distrito Federal. Klein lembrou que a cada dois anos o plenário elege novo presidente, que passa a dirigir também o Congresso Nacional.

O candidato do PMDB começou a vida política aos 25 anos, quando se elegeu prefeito de Getúlio Vargas. Em 1972, assumiu o mandato de vereador e, quatro anos depois, ingressou na Câmara dos Deputados. Klein ocupou a posição de líder do MDB na Câmara durante o regime militar. Também foi ministro dos Transportes no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Entre 1997 e 2001, presidiu o PMDB gaúcho.


Agenda dos candidatos

HOJE
11 Celso Bernardi (PPB)
10h30min: Cruz Alta. 15h: Alto Alegre. 17h: Lagoa dos Três Cantos. 20h: Tapera.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
10h30min: caminhada no conjunto Rubem Berta, Porto Alegre. 12h15min: São Leopoldo. 15h30min: Estância Velha.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
8h30min: Carazinho. 11h: Erechim. 19h30min: Cachoeira do Sul.
16 Júlio Flores (PSTU)
12h: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Fumo.
22 Aroldo Medina (PL-PSD)
13h: carreata em Portão e Capela de Santana. 18h: Caxias do Sul.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
Guaíba.
40 Caleb de Oliveira (PSB)
Reunião da coordenação de campanha.


Bernardi promete 10 mil casas ao ano
O candidato do PPB ao governo, Celso Bernardi, anunciou ontem a meta de construir 10 mil casas populares por ano. Ele disse buscar não só reduzir o déficit de moradia no Rio Grande do Sul, mas também oportunizar a geração de emprego para milhares de trabalhadores. Bernardi esteve em Santo Augusto, onde conheceu o núcleo com 163 casas populares construído com recursos do governo federal captados pela prefeitura durante a administração do PPB. Prometeu também firmar convênio com a Brigada Militar para garantir moradia aos policiais gaúchos e criar as vilas rurais visando à urbanização do campo.


Decisão demonstra mudança radical
O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, demonstrou ontem, durante reunião com o seu partido, mudança radical de posição sobre a candidatura do PPS ao governo do Estado. Em abril, quando foi apresentado o nome do candidato do PPS ao governo, Brizola se recusou a negociar aproximação, dizendo até que jamais dividiria o palanque com o partido no Estado. Considerou o PPS gaúcho dissidência da frente nacional. Houve até impedimento de Ciro Gomes vir ao Rio Grande do Sul fazer campanha para o PPS. Brizola insistiu na candidatura de José Fortunati, mas, após quatro meses, decidiu optar pelo pragmatismo, negociando com o PPS e enfrentando o PT, maior adversário do momento.


Frente pretende se confrontar com PT
A Frente Trabalhista, do presidenciável Ciro Gomes, quer polarizar o debate de idéias com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e se distanciar do confronto com José Serra, do PSDB. A informação foi dada ontem pelo candidato a vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva, do PTB. 'Serra que fale com Anthony Garotinho, do PSB, seu adversário na disputa pelo terceiro lugar', ironizou Paulinho. Durante encontro com empresários em Guarulhos, São Paulo, o vice de Ciro lançou o desafio de analisar a proposta do PT da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Paulinho defende que o Estado arque com as perdas dos empresários pela compensação em impostos.


Garotinho aponta situação difícil da campanha tucana
Indagado sobre os conflitos internos do PSB e as dificuldades provocadas pela falta de recursos e tempo no horário político gratuito, o presidenciável Anthony Garotinho preferiu ontem se voltar contra o candidato do governo, José Serra. 'Divergências vocês podem encontrar na candidatura de Serra e também de outros', afirmou. Disse ainda que, com toda essa dificuldade, aparece na pesquisa do Ibope divulgada quinta-feira com 11% das intenções de voto, empatando com Serra.


Líderes tentaram reverter o quadro
A reunião entre lideranças do PDT, ontem, com Leonel Brizola, foi tensa e marcada pelo choque de opiniões. Antes da chegada do presidente nacional, muitos estavam confiantes na reversão do quadro e no lançamento de candidatura ao governo. Aos poucos, foi ficando evidente que Brizola não tinha nenhum interesse em outra opç


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