Pedagoga desenvolve robô para divulgar o Ligue 180
Ajudar a eliminar a violência contra as mulheres por meio da tecnologia. Foi com este pensamento que a pedagoga feminista Ana Frank produziu um protótipo de robô inspirado no ícone que serve de logomarca para a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). O projeto foi desenvolvido durante a Campus Party 2014, em São Paulo, que aconteceu de 27 de janeiro a 2 de fevereiro.
“Frequento a Campus Party desde 2008 e sempre divulgo a Lei Maria da Penha e o Ligue 180”, explica a pedagoga. Este ano, como o evento promoveu uma oficina de robótica para leigos, Ana Frank desenvolveu o projeto e, para a execução, contou com a ajuda de estudantes — mulheres e homens — de robótica e engenharia mecatrônica da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás.
Ana Frank explica que, apesar de não atuar profissionalmente na área tecnológica, se interessa por divulgação científica, física e internet.“Não queria fazer um robô por fazer, queria que ele tivesse uma causa justa, para melhorar a vida das pessoas”, ressalta. A robô ainda é um protótipo, já que falta acoplar um display que dê informação às pessoas sobre o que é o Ligue 180.
A pedagoga explica que financiou o projeto sozinha, gastando cerca de R$ 1.200. “Era o valor guardado para as minhas férias. Mas esse é o benefício de ser uma mulher empoderada, ela tem dinheiro para bancar o que quiser”, acrescenta a feminista.
Na opinião da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Aparecida Gonçalves, a robô pode ajudar a informar as mulheres sobre seus direitos. “É mais uma alternativa importante para chamar a atenção para o tema, e é essa atenção que queremos para o tema do enfrentamento à violência. A Ana Frank foi muito feliz ao ter essa ideia. Queremos ver mais mulheres com esse tipo de iniciativa”, declara.
Para a secretária nacional de Articulação Institucional e Ações Temáticas da SPM, Vera Soares, "as mulheres estão articulando cada vez mais temas de direitos das mulheres com informática e robótica, é uma relação que só tende a crescer".
Luta contra o machismo
Além do interesse pela tecnologia, Ana é militante das causas feministas, integrando organizações como a Marcha Mundial de Mulheres e a União de Mulheres além de já ter feito parte de projetos da Associação Mulheres da Paz.
Ao entregar a cartilha da Lei Maria da Penha e falar do Ligue 180 para as mulheres na Campus Party, Ana aproveita para conversar e orientá-las. Ela também faz a divulgação dos serviços da SPM pelas suas redes sociais.
“Se eu conseguir, por meio da robô, divulgar a Central, será uma maravilha, pois era essa a ideia”, disse. “Minha luta é para que as mulheres sejam inseridas nesse espaço, de ciências e tecnologia”, acrescenta.
Fonte:
Secretaria de Políticas para Mulheres
28/02/2014 12:45
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