Pedro Simon pede união por "projeto chamado Brasil"
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu em Plenário, nesta sexta-feira (28), a união do país em torno de um projeto nacional. E alertou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá como atender a todas as expectativas que se formaram em torno de seus compromissos de campanha, principalmente as de quem considera ser possível acabar com a fome e com o desemprego no país em quatro anos.
- Não é hora de cobrar, mas de nos unirmos em torno de um projeto chamado Brasil. Lula não vai poder fazer milagre, por melhor que seja o seu governo - afirmou Simon, após lembrar que os 100 primeiros dias da atual administração estão chegando ao fim e sem dar tempo de maiores realizações.
Simon considerou que os dois fatos marcantes deste início de terceiro milênio foram o belicismo do presidente norte-americano, George W.Bush, -dramático e cruel-, e a vitória eleitoral de Lula. -Foi uma revolução social sem luta, uma das maiores mudanças vividas por um país dentro dos trâmites legais e democráticos-, exaltou.
Ressaltando a importância histórica da vitória de Lula, -o único caso de que se tem notícia de um partido que se origina dos trabalhadores e chega à Presidência da República-, Simon exortou toda a sociedade brasileira a apoiar e a dar voto de confiança ao novo governo, torcendo para que ele consiga harmonizar a sua equipe e que todos falem a mesma linguagem.
Simon sugeriu aos partidos de oposição que façam críticas construtivas, deixando de lado ressentimentos em relação ao PT, que, na sua opinião, cometeu -injustiças- no período em que esteve fora do governo. Para ele, os partidos que aspiram colher dividendos políticos das falhas da administração petista precisam ter em mente que também não conseguirão atender a todas as expectativas dos brasileiros na área social.
O senador manifestou sua preocupação de que o Plano Real possa estar dando sinais de esgotamento e que o governo Lula não possa mais prosseguir em -arranjos- na política econômica herdada da gestão Fernando Henrique Cardoso. Disse que talvez seja melhor pensar em uma nova alternativa para a economia brasileira.
28/02/2003
Agência Senado
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