PERNAMBUCO HONRARÁ SEUS COMPROMISSOS, DIZ JOSÉ JORGE
Cerca de 20% da receita do estado de Pernambuco está sendo destinada ao pagamento da dívida adquirida junto à União. Essa relação já foi de 12% e hoje contribui para a crise financeira do estado, informou o senador José Jorge (PFL-PE), que assumiu seu mandato na última segunda-feira (1º). Apesar das dificuldades enfrentadas por Pernambuco, o senador garante que "não há possibilidade de calote". A pretensão do governador Jarbas Vasconcelos, afirma José Jorge, "é continuar pagando, honrando seus compromissos".Segundo o senador, o atual governador Jarbas Vasconcelos assumiu um estado "em situação de total desgoverno, com uma máquina pública abandonada, depois de um governo marcado pelo escândalo dos precatórios". Ele reconheceu que em outras gestões, Miguel Arraes, que governou o estado até o último dia 31 de dezembro, trabalhou "até bem", mas "agora, o desempenho foi lastimável", dissePara melhorar a situação das contas públicas de Pernambuco, José Jorge disse que o atual governador deverá concentrar seus primeiros esforços no sentido de diminuir o comprometimento dos atuais 71% da receita com o pagamento dos servidores estaduais. "A idéia é começar centralizando a folha, o que ajudará a identificar privilégios e funcionários fantasmas". Além dessa medida, o senador informou que Jarbas irá criar um fundo de pensão, para onde será transferida parte dos custos com o funcionalismo inativo.Analisando a crise econômica enfrentada pelo país, o senador disse lamentar "a provável volta de índices inflacionários elevados, decorrentes das oscilações no câmbio". Para ele, a situação atual é fruto do desajuste nas contas públicas: "A manutenção da quase paridade do real com o dólar só seria possível se não houvesse déficit" disse. "Como esse problema não foi resolvido, agora é trabalhar para sair de mais essa crise", acrescentou. O senador manifestou sua preocupação com o crescimento da dívida pública, "que está sendo assustador, neste quadro de desvalorização do real e juros altos". José Jorge pretende, ainda, trabalhar para o fortalecimento do sistema partidário do país. Defende medidas simples, como a adoção de uma quarentena de três anos para o político que mudar de partido poder se candidatar novamente pela legenda. "Para os cidadãos que não exerçam mandato, o prazo continuaria a ser de um ano, pois defendo a ampliação apenas para os políticos", afirma. "O estabelecimento dessa quarentena pode ser feita através de lei ordinária, que tem tramitação mais simples", sustenta.O senador disse, ainda, que também pretende desempenhar um mandato voltado para a educação, área a que esteve vinculado nos seus quase 20 anos de vida pública. José Jorge, que foi deputado federal por 16 anos, presidiu a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Câmara, além de ter trabalhado como relator em importantes projetos na área, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de autoria do ex-senador Darcy Ribeiro.
09/02/1999
Agência Senado
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