Pescado produzido no Brasil ganhará destaque na Semana do Peixe
Para estimular o consumo de pescado no País, será realizada a 10ª Semana do Peixe, de 1º a 15 de setembro. Supermercados, bares, restaurantes, escolas, centros de saúde, empresas e instituições vão participar da campanha que promove uma série de iniciativas em torno do pescado, como cursos, palestras, seminários, festivais gastronômicos, degustações, campeonatos, promoções em supermercados, distribuição em caminhões-feira e povoamento de alevinos em açudes e represas. Os peixes produzidos no Brasil terão destaque em todas as atividades.
Os brasileiros ainda consomem menos pescado do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A média atual é de 9 quilos por habitante/ano, quando o ideal seria pelo menos 12 quilos. A previsão é alcançar esta meta em 2015.
No ano passado, a Semana do Peixe aumentou o consumo nacional de peixe em 20% e conseguiu reduzir os preços em 24%, conforme levantamento do MPA. A atual campanha vai contar com a adesão de 93 restaurantes populares e 136 cozinhas comunitárias do País, que divulgarão cartazes e cartilhas e oferecerão pratos à base de pescado.
Produção interna
Em 2012, o País importou US$ 1,3 bilhão em pescados como bacalhau, salmão, pangasius e merluza. Por isso, assim como o consumo, a produção interna de pescado também deve ser estimulada, principalmente criatórios de espécies de peixe como tilápia, tambaqui, pintado, cachara, tambacu e pacu, e de mariscos como ostras, mexilhões e vieiras.
No Brasil, aquicultura (cultivo de pescado de água doce e salgada) é um dos segmentos da produção animal que mais cresce no mundo. A atividade gera um PIB pesqueiro nacional de R$ 5 bilhões, mobiliza 800 mil profissionais e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos.
A meta do Ministério da Pesca e Aquicultura é incentivar a produção nacional para que, em 2030, o Brasil se torne um dos maiores produtores do mundo, com 20 milhões de toneladas de pescado por ano.
Brasil em campo
O atendimento da demanda atual e futura de pescado no Brasil e no mercado internacional dependerá do crescimento da atividade aquícola (cultivo de pescado), já que a pesca extrativa se encontra estagnada no mundo, desde pelo menos 2006, no patamar das 90 milhões de toneladas anuais.
Apesar de alguns nichos promissores para a pesca industrial no Brasil, a exaustão dos recursos pesqueiros mundiais aponta que o futuro será mesmo da aquicultura. O País é o que dispõe de mais água doce no planeta, bem como um extenso litoral. Além disso, existem 200 grandes reservatórios onde será possível a criação de pescado em gaiolas (tanques rede).
Em outra frente, o MPA quer que milhares de pequenas propriedades rurais passem a produzir pescado, o que pode ser feito sem comprometer a tradicional agricultura. Para tanto, o ministério lançou um programa de fomento à aquicultura familiar, que irá ceder equipamentos (escavadeira hidráulica e trator de esteiras) para Prefeituras e consórcios intermunicipais construírem viveiros escavados nas propriedades. Estes viveiros são áreas abertas no solo para o acumulo de água e a criação de peixes.
Fonte:
Ministério da Pesca e Aquicultura
30/08/2013 20:45
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