Pesquisa analisa registro de patentes sobre câncer
Empresas norte-americanas e europeias são os principais depositantes de pedidos de patente para tratamento de câncer no mundo, enquanto as asiáticas têm maior presença nos pedidos relacionados a tecnologias para diagnóstico e prevenção da doença. A conclusão é de estudo do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para traçar o panorama das tecnologias relacionadas a câncer de mama, de pulmão, de próstata e de útero, e os principais depositantes das respectivas patentes. O levantamento partiu da classificação de 2.916 documentos de patente de 2001 a 2011, obtidos em base de dados internacional.
Dos documentos analisados, apenas 91 foram depositados no Brasil, sendo a maioria dos pedidos de patentes feitos por instituições estrangeiras para os quatro tipos câncer. Poucos são de instituições brasileiras: um é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o câncer de mama; outro é da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para câncer de próstata; e um terceiro da Universidade Federal de Uberlândia, em parceria com a Fundação de Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), também para câncer de próstata.
De acordo com análise do Observatório Tecnológico (OBTEC) – área do Inpi que conduziu a pesquisa –, os poucos pedidos de patente depositados por residentes no Brasil não constituem indicador de falta de atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em câncer no País. Para compreender a extensão total da P&D na área, seria necessário avaliar os artigos científicos brasileiros, o que está fora do escopo da pesquisa, apresentada em novembro na conferência Patent Statistics for Decision Makers (PSDM), no Rio de Janeiro (RJ).
As atividades do Observatório Tecnológico do Inpi visam a geração de conhecimento através do levantamento e análise sistemáticos das informações contidas nos documentos de propriedade industrial, a fim de fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas. Esse conhecimento é gerado a partir de estudos de monitoramento tecnológico, desenvolvidos em parceria com diversos agentes do sistema nacional de inovação.
Fonte:
Instituto Nacional da Propriedade Intelectual
02/12/2013 11:54
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