Petrobras inaugura conversão da 1ª usina térmica do mundo a operar com etanol



A usina termelétrica Juiz de Fora (UTE JF) foi adaptada para operar com etanol. A usina, que faz parte do parque gerador da Petrobras, operava apenas com gás natural e agora é flex-fuel (bicombustível). Inédita no mundo, a operação com etanol, iniciada
no último dia 31 de dezembro, está em testes para otimização. O Brasil foi pioneiro no uso do etanol para veículos automotores, com a criação do Proálcool na década de 1970.
Hoje, é o segundo produtor mundial desse combustível limpo e renovável. O País abre uma nova fronteira para o uso do etanol no mercado mundial com a geração de energia elétrica, tanto aqui como no exterior. Países importadores de combustíveis líquidos e gasosos, como o Japão, são mercados potenciais para esse uso. Com essa iniciativa, o Brasil reafirma a posição de destaque na produção e uso do etanol e a Petrobras dá mais um passo na busca por fontes alternativas de geração de energia e
no esforço para flexibilizar seu parque gerador, que tem capacidade instalada de 7.028 MW. São 14 termelétricas a gás natural (5.820 MW), 12 a óleo (892 MW) e 15 pequenas centrais hidrelétricas – PCHs – (316 MW). Agora,conta também com uma usina capaz de gerar energia elétrica a partir do etanol.Instalada no Distrito Industrial de Benfica, em Juiz de Fora (MG), a usina tem duas turbinas aeroderivadas GE LM 6000, fabricadas pela General Electric (GE), e capacidade total instalada de 87 MW. Está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e tem contratos de fornecimento de energia até 2020. Uma dessas turbinas, com capacidade instalada de 43,5 MW (o suficiente para abastecer uma cidade de 150 mil habitantes), foi adaptada para utilizar também o etanol.A nova câmara de combustão foi desenvolvida pela GE especialmente para uso de etanol e gás natural. A instalação dos equipamentos na turbina foi realizada no Brasil, na Oficina de Turbo Máquinas da Petrobras, em Macaé. Por meio de um acordo com a Petrobras, a GE acompanha os testes e terá o direito de utilizar os dados obtidos para aperfeiçoamento e comercialização da tecnologia para outras usinas no mundo.

A geração de energia elétrica a partir do etanol abre grandes oportunidades para o País, com ganhos econômicos, energéticos e ambientais. Além da segurança energética resultante da diversificação das fontes de geração, há a criação de um novo segmento de mercado para o etanol no Brasil e no exterior, a redução dos níveis de emissões de gases poluentes e a possibilidade de negociação de créditos de arbono no mercado internacional, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL).



02/03/2010 17:09


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