Plano Juventude Viva é lançado em São Paulo



A secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, participou nesta sexta-feira (25) do lançamento do Plano Juventude Viva em São Paulo. O Plano chega à capital com a parceria da Prefeitura, reunindo 56 programas e ações de 13 secretarias municipais e 11 ministérios do governo federal, com recursos previstos da ordem de R$ 162 milhões.

As ações para reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e criar estratégias de prevenção à violência vão contemplar Dez Distritos e oito Subprefeituras de São Paulo, incluindo Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim Ângela e Jardim São Luís (em 2013), Brasilândia, Pirituba, Jardim Helena, Itaim Paulista, São Mateus e Itaquera (em 2014).

Na abertura do evento, Severine Macedo explicou a estrutura do Plano, destacando que a iniciativa é resultado das reivindicações da sociedade civil, em especial dos jovens, que colocaram essa questão como prioritária nas duas Conferências Nacionais de Juventude, realizadas em 2008 e 2011.

A secretária lembrou que, apesar dos inúmeros avanços registrados no País, o Brasil ainda é lembrado pelas desigualdades sociais. “A gente sabe que essas desigualdades atingem mais uns que outros, atingem o nosso povo negro, sobretudo os jovens, e isso faz com que ainda tenhamos uma dívida enorme a ser saldada”.

O Plano foi concebido pela Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR) em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). Além da capital paulista, os estados de Alagoas e da Paraíba já aderiram à iniciativa, além do Distrito Federal e Região do Entorno.

Vulnerabilidade

Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde mostram que 26.854 jovens entre 15 e 29 anos foram vítimas de homicídio em 2010, o que representa 53,5% do total dos homicídios. Entre os jovens assassinados, 74,6% eram negros.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, divulgado no dia 17 de outubro, revela que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco. Segundo o estudo, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações da polícia, mas que reflete “o desvio comportamental presente em diversos outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros”.

O Juventude Viva tem por meta mudar essa realidade. O Plano reúne ações voltadas para a prevenção, visando reduzir a vulnerabilidade dos jovens às situações de violência física, por meio da inclusão social, conquista de autonomia, oferta de equipamentos e serviços públicos, além do aprimoramento da atuação do Estado no enfrentamento ao racismo institucional.

Para saber mais acesse o site.

Fonte:
Secretaria Nacional de Juventude



26/10/2013 17:57


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