PLENÁRIO APROVA PESAR PELA MORTE DE CARLOS CHAGAS FILHO
Requerimento de moção de pesar pela morte do cientista Carlos Chagas Filho foi aprovada nesta quarta-feira pelo Plenário do Senado. De autoria do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o requerimento recebeu manifestações de vários senadores, que elogiaram as qualidades de grande cientista, homem de letras e humanista do filho de Carlos Chagas, inventor da vacina contra a doença do coração batizada de "mal de chagas".Conforme Antonio Carlos, homenagear Carlos Chagas Filho é "homenagear o Brasil inteiro", já que ele foi um dos maiores cientistas do Brasil e homem público que se preocupou até o fim com o destino do País. O presidente do Senado lembrou suas relações de amizade com Chagas, de quem foi aluno e a cuja família também se ligou.- Ele tinha qualidades excepcionais e mereceu todos os grandes títulos que se poderia conferir a um homem no seu campo de ação - disse Antonio Carlos, lembrando que Chagas Filho, entre outros cargos, exerceu a Presidência da Academia Pontifícia de Ciências, nomeado pelo Papa Paulo VI. No encaminhamento do voto de pesar, o senador José Sarney elencou outras posições ocupadas pelo cientista: presidente do Comitê da ONU para a Ciência e Tecnologia, presidente do Instituto Internacional de Pesquisas Avançadas da Ciência e membro da Academia Brasileira de Letras. Amigo de Chagas Filho, Sarney recordou ainda uma virtude a mais no cientista - sua defesa da paz e sua luta contra as armas nucleares.Chagas Filho foi homenageado também pelos senadores Hugo Napoleão (PFL-PI), que lembrou as características diplomáticas do trabalho do cientista, ao representar o Brasil em órgãos internacionais. O senador Saturnino Braga (PSB-RJ) chamou atenção para o grande valor moral de Chagas Filho e o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) para o fato de que Chagas Filho conseguia conciliar a fé com a ciência. O senador Francelino Pereira (PFL-MG) mencionou a importância que Minas Gerais atribui a Chagas Filho e seu pai.O Plenário também aprovou menção de pesar pela morte do ex-presidente da Ordem dos advogados do Brasil e do Instituto dos Advogados do Brasil, Álvaro Leite Guimarães. Saudado por Saturnino Braga, Guimarães foi lembrado por Antonio Carlos como "um amigo e um dos maiores advogados do Brasil".
23/02/2000
Agência Senado
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