PMDB abre guerra da sucessão
PMDB abre guerra da sucessão
A convenção nacional do PMDB, hoje, em Brasília, é o pontapé inicial e oficial da sucessão de Fernando Henrique Cardoso. O partido, unido em torno da tese da candidatura própria em 2002, está em guerra para a eleição do próprio presidente.
O resultado pode fracionar a aliança governista. Tido como favorito, o ex-presidente da Câmara Michel Temer (SP) tem o apoio do Governo federal. Mas uma vitória do senador Maguito Vilela (GO), opositor de FH, sustentado pelo ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, abriria caminho para a candidatura presidencial do governador de Minas, Itamar Franco, e praticamente tiraria o PMDB da base aliada, formada também pelo PSDB e pelo PFL. (pág. 1 e 3)
* O temor provocado por alguns candidatos à Presidência, segundo Affonso Celso Pastore, doutor em economia pela USP, "tem fundamento, pois têm proposições econômicas desvinculadas do mundo real". Para Pastore, a esquerda se diverte "jogando pedra no FMI", mas o organismo internacional, com quem o Brasil acaba de fechar acordo, deu ao país "um certificado ISO 2002 com relação à qualidade da política econômica". O economista vê o futuro com otimismo e exime o presidente Fernando Henrique de responsabilidades por pecados que lhe são atribuídos: "Ele não é mágico, não é Deus". (pág. 1 e 12)
* Jovens entre 21 e 30 anos, do sexo masculino, são as principais vítimas dos acidentes de trânsito no Brasil. Das 45 mil pessoas que morrem anualmente no trânsito, em todo o País, 42% têm menos de 30 anos.
No Rio, entre os dia 1º de janeiro e 30 de junho, 1.371 jovens morreram ou se feriram em acidentes, em geral causados pelo consumo de álcool e pela necessidade de afirmação própria da juventude.
As seguradoras descobriram que rapazes entre 18 e 23 anos constituem grupo de risco. "O jovem é o que paga o seguro de automóveis mais caro", diz o diretor de sinistros da Sulamérica, Paulo Umeki. (pág. 1 e 24)
* A expectativa em torno da convenção do PMDB é muito mais em função das conseqüências físicas que possa gerar do que propriamente dos resultados políticos a que chegará.
Uma frase do deputado Marcelo Barbieri, aliado de Orestes Quércia e partidário de Itamar Franco, dá bem a medida da disposição de ânimo. Ele avisou que seu grupo vai "para o pau" e que lá, hoje, só haverá "gente experiente em convenção". (pág. 1 e 2)
* A economia do café nos países produtores despencou. Nunca antes tinha havido deterioração nos preços internacionais como a atual, colocando em risco a estabilidade e a ordem social em muitos países.
Enquanto isso, a indústria nos países importadores aproveita a situação. Estamos fracassando na luta diante desse monstro do excesso de oferta. (pág. 1 e 11)
* Não é privilégio de magnatas. Sites na Internet permitem a qualquer pessoa, com US$ 600, abrir contas bancárias em locais como as Ilhas Jersey ou Cayman, com direito a passaporte para circular livremente por esses paraísos fiscais. O procedimento não é ilegal, desde que se paguem os impostos correspondentes às operações. (pág. 1 e 4)
* Às vésperas de completar 70 anos, em outubro, o Cristo Redentor está excluído da maior homenagem que poderia receber. O símbolo do Rio não está entre as 25 obras-primas da humanidade que concorrem, em votação mundial, à escolha da novas sete maravilhas da Terra.
Há pouco mais de um ano, internautas de todo o planeta votam no endereço www.new7wonders.org. Já foram computados 5.579.250 votos de 238 países. O palácio indiano Taj Mahal está na frente. (pág. 1 e 2)
Editorial
"Travo Totalitário"
A Associação Nacional de Jornais divulgou seu Relatório Anual sobre Liberdade de Imprensa no Brasil salientando que de agosto de 2000 a agosto de 2001 houve "aumento das tentativas de censura à atividade jornalística, em oposição à Constituição Federal, que assegura a plena liberdade de imprensa no País".
Entre agressões a jornalistas, impunidade a crimes de morte, tentativas de censura, crescimento da "indústria das indenizações", pressões contra jornais em forma de corte de verbas oficiais, proibições a coberturas jornalísticas (políticas ou esportivas), processos contra jornalistas e sobretudo a tramitação de projetos contra jornalistas e sobretudo a tramitação de projetos como a Lei de Imprensa e a Lei Mordaça, os 12 meses passados nada de bom auguram para o futuro, se não se alterar a tendência. (...) (pág. 11)
Colunistas
Coisas da Política - Dora Kramer
A expectativa em torno da convenção do PMDB, hoje em Brasília, é muito mais em função das conseqüências físicas que possa gerar do que propriamente dos resultados políticos a que chegará.
A não ser pela ação improvável do imponderável, são ínfimas as chances de o deputado Michel Temer perder a presidência do partido para o senador Maguito Vilela. O partido também aprovará a candidatura própria à Presidência da República e a realização de prévias para ungir o escolhido em janeiro. (...) (pág. 2)
Informe JB - Ricardo Boechat
A OAB deverá questionar no Supremo a constitucionalidade da medida provisória que dá aos bancos o direito de retomar imóveis de mutuários após três meses de atraso nas prestações.
Juristas acreditam que a ação terá boas chances de sucesso.
* Só por maldade o Governo não reduzirá, no próximo dia 30, o preço da gasolina.
Os primeiros estudos já estão com o ministro Pedro Malan.
O ajuste trimestral dos combustíveis, que vende naquela data, vem sendo empurrado para baixo pela queda no preço do barril do petróleo. (pág. 6)
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09/09/2001
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