Polícia tenta conter redivisão do tráfico








- Polícia tenta conter redivisão do tráfico

- A prisão de Elias Pereira da Silva, o "Elias Maluco", na quinta-feira passada, modificou pela segunda vez, em duas semanas, o equilíbrio de poder entre os grupos que dominam o tráfico nos morros do Rio.

O acusado de matar o jornalista Tim Lopes era o homem da facção Comando Vermelho que lideraria invasões a comunidades dominada pelos rivais Terceiro Comando (TC) e, principalmente, dos Amigos dos Amigos (ADA) - que perdeu quatro líderes durante a rebelião do dia 11, em Bangu 1.

Agora, o Comando Vermelho tem nas ruas traficantes de terceiro escalão, mais interessados em manter o território do que partir para confrontos.

A mudança deve inibir a repetição das invasões que assustaram o Rio no começo do ano. Uma incursão como a de abril, na Tijuca, quando um "bonde" formado por 50 bandidos dos morros da Formiga, do Borel, Andaraí, Turano e Salgueiro, do CV, usou um caminhão da Comlurb e 15 carros roubados para tentar tomar o Morro da Casa Branca, do TC, dificilmente deverá ocorrer a curto prazo. (pág. 1 e C1)

- Os quatro principais candidatos à Presidência da República marcam, em seus programas no horário eleitoral, a necessidade de se gerar empregos no Brasil.

Enquanto isso, uma outra realidade devolve o País à situação anterior à assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888: a manutenção do trabalho escravo em fazendas e propriedades rurais em diversos estados.

Entre 1995 e agosto de 2002, segundo dados do Ministério da Justiça, foram libertados 4.581 trabalhadores em condições análogas às do período de escravidão. (pág. 1 e A2)

- A duas semanas da eleição, a classe média do estado ocupa-se de um torturante mistério - se as pesquisas destinam a Rosinha Garotinho um de cada dois votos fluminenses, onde está essa gente toda? A ex-primeira-dama virou xará de Ronaldinho - é fenômeno.

Enquanto o lado belga do estado não acha a resposta, a onda rosa enfeitiça subúrbio, periferia e interior, transformando eleitores em fãs ávidos por ganhar um boné da candidata e ouvi-la prometer programas sociais referendados pela gestão do marido. (pág. 1 e A6)

- Apesar do assédio do PSDB, o PFL decidiu que só estará unido com José Serra se for para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no segundo turno. Entre os pefelistas, poucos acreditam na recuperação de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista.

Mas a decisão de aderir só depois de 6 de outubro tem suas razões. O PFL quer evitar o desgaste de virar a casaca a duas semanas das eleições.

Segundo estimativa do comando da legenda, o partido está dividido ao meio e seguirá assim até 10 de outubro, quando haverá uma reunião geral em Brasília. (...) (pág. 4)

- O rombo da Previdência Social será um dos principais desafios para o futuro presidente. A previsão para este ano é de que o déficit atinja a marca de US$ 17 bilhões.

O ministro encarregado do assunto, José Cechin, classifica o tema como uma bomba explodindo diariamente. Para desarmar esse problema, a saída é fazer com que as pessoas contribuam por mais temo com a Previdência - matéria que, se colocada em pauta no Congresso, enfrentará dificuldades para ser aprovada. (...) (pág. 9)


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer

Os programas eleitorais da semana passada inauguraram mais uma das diversas fases desta campanha: o debate - aqui entendido com o confronto não só de idéias mas de personalidades, biografias, carreiras e procedimentos - entre os candidatos de fato, começou.

Até então o que vimos foi apenas a afirmação pontual de cada um daqueles itens cujo conjunto orienta, ou pelo menos deveria orientar, a escolha do futuro presidente da República. Agora serão cotejados de acordo cm a ótica exclusiva do eleitor. (...) (pág. 2)

(Informe JB - Gustavo Krieger) - O maior desafio da campanha de Lula hoje é a mobilização da militância. O PT quer repetir o "arrastão" tradicional dos últimos dias de campanha, que costuma garantir aos candidatos do partido preciosos pontos na disputa eleitoral.

O problema é que boa parte desta mobilização sempre ficou a cargo das correntes de esquerda do partido. Fora do centro da campanha de Lula e alijados em estados importantes, como o Rio Grande do Sul, os militantes de esquerda estão longe das ruas. (pág. 6)
(Boechat) - A Vale que expandir seus domínios.

A empresa se habilitou para comprar a Nalco, uma produtora de alumínio na Índia, em vias de ser privatizada.

Um negócio da ordem de US$ 1 bilhão.

A brasileira disputará com pesos-pesados internacionais, como os grupos Alcoa, Billington Metais e Alcan.

  • O Governo pretende distribuir, de graça, quatro milhões de tampas de caixas d'água, a partir de novembro, em todo o País.

    Trata-se de parte da estratégia de combate à dengue no próximo verão.

    Outra iniciativa do programa será a distribuição de máquinas de picar pneus para prefeituras municipais. (pág. 2)


    Editorial

    A BRASILBRÁS

    A polêmica não é nova. Nos anos 40, o empresário Roberto Simonsen e o economista Eugênio Gudin engalfinharam-se em animado debate sobre os rumos da economia brasileira - o primeiro atribuindo ao Estado função primordial no desenvolvimento e o segundo fervoroso adepto da visão liberal. Na atual campanha política, a discussão voltou a aflorar e a despertar paixões.

    Preocupados com o crescimento e a geração de empregos, os quatro principais candidatos à Presidência com pequenas variantes) se dizem dispostos a fortalecer o planejamento e a política industrial.

    Acusam as imperfeições do mercado e fazem o elogio do papel do Estado. O melhor remédio para a economia brasileira, nesta ótica, seria o retorno ao modelo estatizante. Em suma, a volta do Estado forte. (...) (pág. 14)


    Topo da página



    09/22/2002


    Artigos Relacionados


    Roseana tenta conter PMDB

    Polícia acha central de monitoração de tráfico em favela

    Polícia desarticula quadrilha de tráfico de drogas em Cajamar

    Polícia Federal combate tráfico internacional de drogas no Amazonas

    Operação Kryptos da Polícia Civil captura 4 procurados por tráfico

    Polícia Federal apresenta mapa do tráfico de drogas a senadores