Políticas sociais revolucionam a vida das mulheres brasileiras



Nos últimos 10 anos, o protagonismo feminino tem  revolucionado a maneira de fazer políticas públicas no Brasil. Estudos revelam que o País criou condições para a autonomia das mulheres nos níveis individual, familiar e comunitário, uma vez que elas são maioria do público atendido pelas políticas sociais. Nesse sentido, ações inclusivas aumentam a autoestima e a confiança das mulheres, melhoram as condições de vida dos membros familiares e abrem oportunidades para a mulher conquistar outros espaços.

Com maior poder de decisão no ambiente doméstico, as mulheres alcançaram mais autonomia e confiança para conquistar novos espaços na sociedade e no mercado de trabalho. “O Brasil mudou. Na última década, as políticas sociais promoveram uma revolução silenciosa no País. Houve melhora nos indicadores de saúde, educação, segurança alimentar e inclusão produtiva”, destaca a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Segundo ela, essas mudanças impactaram positivamente na vida dos brasileiros, especialmente das mulheres, das gestantes, das nutrizes, além das crianças e dos adolescentes. Atualmente, 203,9 mil gestantes e 229,1 mil nutrizes recebem benefícios adicionais ao Bolsa Família. O governo também ampliou de três para cinco os benefícios relativos a crianças e jovens por família, gerando 1,3 milhão de novos benefícios.

Dentre os programas que mais contribuíram para esse novo panorama brasileiro destacam-se o Bolsa Família, Brasil Carinhoso, Mulheres Mil, Mais Educação, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Água para Todos e Bolsa Verde.

“Toda evidência empírica e científica mostra que as mulheres passaram a ter mais poder de decisão no domicílio e que esse poder foi se extrapolando para a comunidade”, observa a diretora da secretaria extraordinária para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrícia Vieira da Costa. Desde que foi lançado, em 2011, o Plano Brasil Sem Miséria mantém 22 milhões de pessoas fora da extrema pobreza. Desse total, 54% são mulheres.

Qualificação

Para a ministra Tereza Campello, uma vez superada a pobreza, a qualificação profissional das populações mais pobres e o incentivo à formalização dos empregos estão entre as prioridades do governo na área social.

Das 940 mil matrículas oferecidas pelo Pronatec ao público do Brasil Sem Miséria, 595 mil são de mulheres, o que corresponde a 67% do total. “A meta é atingir 1 milhão de pessoas pobres em 2014”, destaca a ministra. Atualmente, são 539 cursos acessíveis às pessoas mais pobres e com pouca escolaridade em diversas áreas: construção civil, serviços, hotelaria, comércio, bares e restaurantes, entre outros. 

Além do Pronatec, o Programa Mulheres Mil, coordenado pelo Ministério da Educação, já capacitou cerca de 40 mil mulheres entre 2011 e 2013. O objetivo desse programa é promover formação profissional com aumento da escolaridade das mulheres em situação de vulnerabilidade. 

Já nas operações do Programa Crescer, que oferece microcrédito produtivo orientado a taxas reduzidas, 72% dos empreendedores são mulheres, segundo dados fornecidos pelo Cadastro Único em agosto de 2013.

Com relação à inclusão produtiva e rural, as mulheres correspondem a 30% do total de beneficiários dos serviços de Assistência Técnica de Extensão e Rural (Ater).  Além disso, as chamadas públicas para a contratação de serviços devem garantir que pelo menos 30% dos técnicos extensionistas sejam mulheres. Até dezembro de 2013, foram realizadas chamadas de Ater para 286, 2 mil famílias.

Busca 

Todos esses programas, no entanto, não teriam êxito sem a ação do Busca Ativa. Ao localizar as famílias antes “invisíveis”, o poder público abriu a porta para a participação das pessoas mais vulneráveis em vários programas sociais. Um dos efeitos imediatos dessa estratégia é a emissão gratuita de documentos civis, trabalhistas e de acesso aos serviços previdenciários.

No tocante às mulheres, mais de 1,2 milhão recebeu documentos que garantem a habilitação para o mercado de trabalho. 

Desde o lançamento, em junho de 2011, o Brasil Sem Miséria já localizou e incluiu no Cadastro Único 887 mil famílias extremamente pobres. “Os grandes responsáveis pelo êxito do Brasil Sem Miséria são seus beneficiários, que, apesar das dificuldades, têm vontade e determinação para se qualificar, trabalhar e dar uma vida melhor a seus filhos”, afirma a ministra Tereza Campello.  “A ascensão social desses milhões de brasileiros diminui as desigualdades, amplia o mercado interno, acelera o desenvolvimento econômico e torna o Brasil mais sustentável e, acima de tudo, mais justo”, comemora.  

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



10/03/2014 18:13


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