População entende que os mais votados devem ser eleitos, diz Jucá em defesa do 'distritão'
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende o "distritão" como sistema eleitoral a ser adotado no país, argumentando que a sociedade brasileira não consegue aceitar as regras atuais, que levam à eleição de um candidato com poucos votos, em detrimento de outros, mais votados. Ele rebate as críticas de que o "distritão" vai enfraquecer os partidos.
- O que vai mudar é a contabilização dos eleitos: ao invés de se eleger pessoas com menos votos do que outras, serão eleitos os que forem mais votados. Essa é uma leitura que a população entende: quem teve mais voto deve se eleger. E vai acabar aquela história de um candidato puxar dois ou três candidatos que não têm voto, como aconteceu com o caso do Tiririca, em São Paulo.
Para ele, os partidos serão fortalecidos com o fim das coligações e cada agremiação terá de disputar o pleito "com os nomes que tiver", sem a necessidade de atingir o coeficiente eleitoral.
- Defendo o 'distritão' porque entendo que é o aprimoramento do processo eleitoral para eleição de parlamentares no legislativo - diz o senador. Jucá discorda do seu colega de partido Pedro Simon (RS), para quem o "distritão" encarecerá as campanhas, uma vez que o candidato terá de buscar votos em todo o estado se quiser ficar entre os mais votados e assegurar uma vaga no Parlamento.
- Acho que vai baratear a eleição. Existem determinados parlamentares que trabalham determinadas regiões e vão poder continuar trabalhando determinadas regiões - opinou.
Ele também disse defender o financiamento público exclusivo por considerar que assim as campanhas ficariam mais baratas. Segundo Jucá, a medida coíbe o abuso do poder econômico, uma vez que dá condições para que todos disputem as eleições em igualdade.
O senador considera os trabalhos da Comissão de Reforma Política um processo inicial de debate no Senado. Ele afirma que, como líder do governo, não participa da comissão e entende que o governo não deve se envolver com discussões sobre mudanças na legislação eleitoral.
- O governo está acompanhando, vendo com bons olhos essa questão [a reforma política], entendendo que é importante fazer o ajuste da legislação política e eleitoral - finalizou.21/03/2011
Agência Senado
Artigos Relacionados
Dornelles quer implantar o "distritão", para que candidatos mais votados tomem posse
Relator na CCJ, Jucá rejeita voto em lista fechada e propõe 'distritão'
Romero Jucá pede mais segurança para a população de Roraima
Vetos do Executivo devem ser votados até o dia 17
Presidentes do Senado e da Câmara devem ser eleitos no dia 14 de fevereiro
Presidentes do Senado e da Câmara devem ser eleitos no dia 14 de fevereiro