Posse do Conselho Estadual da Participação e Desenvolvimento Nordestino



No próximo dia 15 de setembro, às 17h, tomam posse os onze conselheiros que integrarão o Conselho Estadual da Participação e Desenvolvimento Nordestin

O evento, no Espaço da Cidadania, Pátio do Colégio, 184, terá a presença da secretária da Justiça, Eunice Prudente, autoridades da política, cultura, e sociedade civil.

Terceiro conselho a integrar os programas da Secretaria da Justiça (além do Conselho Estadual de Entorpecentes e Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), o Copane atuará no combate à discriminação e fortalecimento dos laços com a grande parcela da população de migrantes que ajudou a construir o Estado maior produtor de riquezas da América Latina.

Também ficará a cargo do novo conselho, presidido por Francisca Chaves Bezerra, formular diretrizes para inserção dos nordestinos nas políticas públicas do Estado, assessorar os gestores públicos na elaboração e execução de programas, desenvolver estudos, formular denúncias e coordenar os festejos do Dia do Nordestino, celebrado em 23 de Novembro, desde 1993.

A concretização do Conselho Estadual da Participação e Desenvolvimento Nordestino (Copane-SP), criado por meio da Lei Estadual nº 50.587 de 13/3/2006, se dá num momento especial para a comunidade. Este ano a migração nordestina no Estado, que começou a ter o caminho traçado pelos negros da Bahia, completa 106 anos.

Passado um século, dados da Fundação Getúlio Vargas revelam que 82% dos habitantes de São Paulo, filhos e netos, têm raízes nordestinas.

106 anos da migração nordestina

A comunidade nordestina está representada em todos os segmentos, social, político, econômico e cultural, no Estado de São Paulo, e abandonou o estigma discriminatório de ser conhecida apenas pelo trabalho operário, que fornece mão-de-obra pesada para a construção civil.

São números que dimensionam o alto nível de representação do Nordeste, não apenas na capital paulista, mas também na Grande São Paulo, onde cidades como Guarulhos chegam a ter quase 90% dos habitantes com grau de parentesco de brasileiros nascidos nessa região sofrida, de história marcante e cultura inspiradora.

Nesse caldeirão cultural, outra boa descoberta: o ritmo forró é reivindicado como uma derivação do samba, porém com o tempero nordestino.

Currículo

Francisca Chaves de Bezerra é jornalista, escritora, artista plástica premiada, fundadora da Polícia Feminina do Ceará, da Associação dos Nordestinos do Estado de S

09/10/2006


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