PPA BASEOU-SE EM CENÁRIO MACROECONÔMICO "PROMISSOR"



O projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) foi elaborado tendo como perspectiva o crescimento econômico sustentado, com a criação de empregos e oportunidades de renda. Segundo o relator da matéria, deputado Renato Viana (PMDB-SC), "o cenário que se descortina para os anos de 2000 a 2003 é promissor".Em seu relatório, Viana explica que essa etapa de crescimento esperada para os próximos anos dar-se-á sem comprometimento da estabilidade monetária. As metas fornecidas como parâmetros pelo governo são semelhantes às projetadas no PPA anterior, e que não foram cumpridas em razão das crises nos mercados internacionais (Ásia e Rússia) e do insuficiente controle do déficit público. Está previsto, por exemplo, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em percentuais de 4% em 2000; 4,5% em 2001; e 5% em 2002 e 2003. As taxas de inflação, medidas pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas), foram projetadas para atingir 6,07% em 2000; 4,32% em 2001; 3,45% em 2002; e 2,99% em 2003. Quanto ao superávit primário (receitas menos despesas, excluída a conta de juros), prevê-se que vai se situar em 2,65% do PIB em 2000; 2,6% em 2001; 2,2% em 2002; e 1,8% em 2003.Viana observa que as metas são factíveis na suposição de que a atmosfera econômica internacional seja favorável e que cheguem a bom termo as reformas da Previdência (regulamentação), a reforma tributária e a aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal. As fontes principais da dinamização da demanda agregada são os investimentos e as exportações, que passariam dos US$ 51,1 bilhões, em 1998, para US$ 100 bilhões em 2002. A trajetória do PIB contemplada no PPA, propiciará, segundo o relator, crescimento do nível de emprego na média de 2,7% ao ano.

23/05/2000

Agência Senado


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