Preços: queda de 1,33% na segunda quadrissemana de outubro
Maior recuo: preços de origem animal, enquanto os vegetais apresentaram variação negativa
O índice quadrissemanal de preços recebidos pela agropecuária paulista (IqPR) caiu 1,33% na segunda quadrissemana de outubro de 2008, conforme análise do Instituto de Economia Agrícola, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA/Apta/SAA).
O maior recuo ocorreu nos preços de origem animal (3%), enquanto os produtos vegetais apresentaram variação negativa de 0,65%.As quedas mais expressivas foram verificadas nos preços da banana nanica (11,76%), da carne de frango (11,33%), da laranja para mesa (7,54%), dos ovos (7,48%), da laranja para indústria (6,82%) e do milho (5,49%).
As cotações da carne de frango e dos ovos mais uma vez responderam prontamente à redução nos preços do milho, apresentando queda ainda em ritmo crescente, segundo os autores da análise. Ainda no caso da carne de frango, os preços foram pressionados pela crise dos segmentos exportadores, alavancados no mercado de câmbio.J
á as maiores altas foram observadas nos preços do feijão (26,64%), da carne suína (10,36%), do arroz (5,04%) e da soja (2,08%). A tendência de alta continuou crescente para o feijão e a carne suína. No caso do feijão, a entrada de volume menor e o início do movimento de alta nos preços estimularam os produtores a segurar o produto na expectativa de obter maior remuneração, explicam os técnicos do IEA.
“Contudo, a divulgação da previsão de safra nacional pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez reverter as apostas de alta, esperando-se redução nas próximas quadrissemanas”.
Os produtores de suínos, depois de repassarem para os preços a elevação de seus custos de produção, passaram a ampliar a margem de lucro, induzindo os consumidores a buscar outras fontes de proteína (aves e ovos com preços em baixa) e a restabelecer o equilíbrio no mercado, observam os pesquisadores.
“A evolução dos índices quadrissemanais indica claramente que o papel deflator dos preços agrícolas persiste, mas de forma decrescente, tendo um menor peso na redução do ritmo inflacionário”, dizem.
A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti, Raquel Sachs, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez. A íntegra está disponível em Preços ao produtor: queda de 4,51% na segunda quadrissemana do mês
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