Preços sobem e produtos já têm diferenças de até 46%
Preços sobem e produtos já têm diferenças de até 46%
- O repasse para os preços da alta do dólar está provocando uma distorção dos tempos de hiperinflação: a diferença de preços do mesmo produto, em alguns casos chega a 46% de uma loja para outra. No caso de produtos semelhantes mas de marcas diferentes a variação chega a 80% no mesmo supermercado. Segundo os lojistas, a diferença de preços é o resultado da queda-de-braço entre o comércio e a indústria.
Preocupados com a redução das vendas, os supermercados têm recusado os reajustes mais elevados pedidos pelos fornecedores e pretendem adiar as compras ou comprar produtos de indústrias que ofereçam tabelas menores.
As empresas que têm estoques antigos conseguem evitar o repasse dos preços ao consumidor, vendem mais barato e podem até fazer promoções. Já os supermercados com menor poder de negociação repassam a alta pedida pela indústria imediatamente e cobram mais caro. (pág. 1 e 33)
- Numa iniciativa para evitar eventuais turbulências no mercado, o presidente Fernando Henrique vai propor a seu sucessor antecipar para novembro a indicação do novo presidente do Banco Central.
O objetivo é que ele seja sabatinado pelo Senado e tenha seu nome aprovado antes da posse do presidente eleito, evitando o vácuo de comando no BC.
Apenas cinco dos 46 deputados federais do Rio de Janeiro não tentarão a reeleição neste ano.
Ao todo, são 602 candidatos disputando as 46 vagas da Câmara dos Deputados reservadas à bancada do Rio. O salário do parlamentar é de R$ 8.240.
- A polícia não vai mais prender em flagrante os usuários de drogas no Rio. A nova postura será formalizada esta semana por representantes da polícia e da Justiça em ato administrativo, que determinará o fim da prisão e do pagamento de fiança por posse de drogas no estado.
Antecipando-se à medida, alguns delegados já não prendem os usuários de droga e os enviam diretamente para tribunais especiais, como determina lei federal, aprovada em janeiro.
- Rio+10 começa amanhã, em Johannesburgo, na África do Sul, com o objetivo de encontrar soluções para o maior desafio ambiental da Terra: conciliar o combate à pobreza com a proteção dos recursos naturais.
A conferência, a maior já realizada, reunirá mais de cem chefes de Estado, entre eles o presidente Fernando Henrique Cardoso.
- Se estivessem sobre uma passarela, eles não chegariam ao segundo turno. No quesito elegância, os principais candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (Frente Trabalhista), José Serra (PSDB) e Anthony Garotinho (PSB), tropeçam no bom gosto e mantêm estilos politicamente incorretos, segundo a avaliação de três papas da moda carioca.
- Eles, os indecisos, são 12% dos eleitores (cerca de 13 milhões de brasileiros), segundo os institutos de pesquisa, e têm 43 dias para decidir em quem votar para a Presidência. Desde a semana passada, "O Globo" está assistindo à programação eleitoral da TV com três pessoas indecisas. Elas ajudam a dar o tom das dúvidas desse grupo que pode decidir a eleição.
O Governo estuda uma nova linha de crédito para a Caixa Econômica Federal financiar a compra de veículos por consumidores com renda familiar de até R$ 2 mil. O financiamento poderá ser concedido por poupança programada - que dará uma carta de crédito ao fim do período estipulado
- ou por título de capitalização, que incluirá sorteios.
A reincidência de queixas contra as mesmas empresas está fazendo com que os Juizados Especiais, que deveriam resolver os problemas em no máximo três meses, demorem até um ano para solucionar as ações. Cansados disto, juízes e desembargadores chegaram à conclusão que só com o aumento das punições as empresas atenderão melhor aos consumidores.
Colunistas
PANORAMA POLÍTICO - Tereza Cruvinel
As projeções sobre o novo Congresso vão demonstrando que nenhum dos postulantes ao Planalto desfrutará de uma maioria ampla como Fernando Henrique. Ele mesmo se preocupa com a eleição e o desfecho de seu Governo, mas também com o cenário institucional que virá, prevendo que o eleito terá de buscar com os principais governadores um pacto de governabilidade.
Editorial
"ALCANCE DA RIO+10"
O que se pode esperar da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa amanhã em Johannesburgo? Enquanto para os ecologistas mais radicais teremos uma espécie de última chance de salvar o planeta, os mais céticos acham que já será muito se for cumprido o objetivo formal da reunião - que é apenas analisar o progresso feito desde a Rio-92 (o que lhe deu o apelido de Rio+10), com concentração no combate à pobreza como principal fator de degradação ambiental, e suprir as lacunas.
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08/25/2002
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