Presidenta Dilma defende ampliação do Mercosul



A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (20) a ampliação do Mercosul e a adoção de medidas conjuntas entre os países do bloco para enfrentar os efeitos da crise econômica internacional. No discurso feito na 42ª Cúpula do Mercosul, a presidenta declarou apoio ao ingresso da Venezuela no bloco, que já reúne, além do Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai.

“Precisamos de mais Mercosul e mais parceiros no Mercosul. Somemos a força das nossas economias. Esse processo de ampliação só nos fortalece. Esse processo é inadiável e não deve ser obstacularizado por interesses menores. Devemos fazer o maior esforço para trazer a Venezuela para dentro do Mercosul”, disse a presidenta.

Segundo ela, a “lentidão e a debilidade das respostas políticas” podem agravar a crise internacional, levando à recessão global e à contração do crédito. A presidenta afirmou ainda que  a redução da demanda da indústria de manufaturados pelos países desenvolvidos e asiáticos aliada à guerra cambial provoca uma “avalanche de importações” que compromete o crescimento e o emprego nos países da América do Sul.

Diante desse cenário, a presidenta Dilma defendeu a ampliação da lista de produtos incluídos na TEC (Tarifa Externa Comum), que permitirá, segundo ela, uma “gestão flexível, integrada e estratégica do comércio regional”.

Na 42ª Cúpula do Mercosul, Dilma Rousseff também defendeu o fortalecimento da integração regional por meio do desenvolvimento de cadeias produtivas distribuídas entre os países do Mercosul, da adoção de mecanismos comuns de proteção e de ações simultâneas e articuladas antidumping, e do estreitamento dos laços de cooperação entre as economias da região.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também participou do evento e afirmou que a cobrança de uma tarifa de importação de 35% poderia conter a “invasão” de produtos estrangeiros nos países da região, o que limitaria o impacto da crise econômica internacional. Segundo ele, os países da América Latina contam com situação fiscal sólida, reservas proporcionais ao PIB e mercado interno. Contudo, esta demanda interna está sendo “ocupada” por produtos importados.

“Devemos fazer uma união maior entre os países para defender o mercado latino-americano dessas invasões de produtos que vêm de fora”, disse o ministro.

 

Fonte:
Blog do Planalto



21/12/2011 11:41


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