Presidente da Comissão de Acompanhamento da Crise diz que temas prioritários serão os juros e os investimentos em infraestrutura



Em entrevista à TV Senado na manhã desta terça-feira (11), o presidente da Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), informou que o colegiado dará prioridade para a análise das taxas de juro e dos investimentos em infraestrutura. Dornelles disse existir um entendimento na comissão de que a taxa básica de juros brasileira, a Selic, - e também os spreads bancários - estão em patamares bastante elevados.

- Neste momento de quase recessão não há motivos para manter a taxa referencial de juros tão alta. Queremos que o Brasil tenha uma taxa de juros no mesmo patamar dos outros países do mundo - afirmou Dornelles, lembrando que a taxa básica de juros brasileira é uma das maiores do planeta.

Ao defender a outra prioridade do colegiado, os investimentos em infraestrutura, Dornelles disse que a comissão irá dialogar com setores da economia importantes na geração de emprego e renda, como a construção civil.

- Investimentos em infraestrutura, habitação e saneamento básico têm, além de seu sentido social, grande capacidade de geração de renda e emprego. É preciso identificar os pontos da burocracia que estão impedindo que decisões importantes adotadas pelo governo se tornem realidade - disse o senador.

A comissão foi criada com o objetivo de acompanhar todas as medidas adotadas para debelar os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. Dornelles informou que a comissão já abriu diálogo com o gabinete montado no Palácio do Planalto para acompanhamento da crise e também com seguimentos representativos da sociedade, empresariado e trabalhadores. Ele acrescentou que o colegiado trabalhará em sintonia com todas as outras comissões do Senado.

- Queremos avaliar, sugerir e colaborar para que os efeitos da crise no Brasil sejam os menores possíveis - disse.

Comentando a queda de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no quarto trimestre de 2008, em relação ao terceiro, Dornelles afirmou que "perante a lógica, todos têm de ajoelhar", ou seja, o governo precisa intensificar as medidas anticrise, como a redução dos juros e a agilização dos investimentos.



11/03/2009

Agência Senado


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