Presidente da CPI do Futebol diz que relatório será aprovado na próxima semana
Álvaro Dias informou que a CPI "irá alcançar as maiores figuras do futebol brasileiro". Para o senador, os cartolas desonestos são os maiores responsáveis pelo desastre do futebol e, portanto, devem ser punidos na forma da lei. Ele acrescentou que o futebol movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano e que grande parte desses recursos é desviada para fora do país por dirigentes que não têm nenhum compromisso com o futebol.
O presidente da CPI fez esses comentários ao participar de um ato público na Câmara dos Deputados em favor do relatório do senador Geraldo Althoff, a ser apresentado nos dias 4 e 5 de dezembro. O ato reuniu membros da CPI da Nike da Câmara dos Deputados, figuras do desporto nacional, como o ex-jogador Piazza, presidente da Associação dos Ex-Atletas Profissionais de Futebol, o ex-jogador de basquete Ubiratan e dirigentes de ligas de futebol do Distrito Federal. Eles temem que seja aprovado o relatório paralelo, elaborado pela chamada "bancada da bola".
Apoio da base
Apesar de reconhecer que as pressões existem a favor da aprovação do relatório paralelo, Álvaro Dias observou que elas não são suficientes. Isso porque, esclareceu, atualmente existe um consenso de que é preciso o país ter uma nova legislação para o futebol. "A pressão que vem da arquibancada é muito mais forte do que a proveniente da cartolagem , originária das cadeiras cativas dos estádios", afirmou o senador.
Como prova, Álvaro Dias observou que o ato público em favor da aprovação do relatório do senador Geraldo Althoff chegou a contar com a presença de dirigentes de ligas amadoras do Distrito Federal. O fato, a seu ver, representa uma vontade popular em favor do engrandecimento do futebol brasileiro.
Entre os dirigentes que participaram do ato público estava Inácio Filho, presidente da Liga Desportiva do Paranoá, a cidade-satélite de menor renda per capita do Distrito Federal. Para ele, "quem milita no futebol torce para que a CPI aprove o relatório Althoff e puna as pessoas que usaram o futebol para enriquecer".
27/11/2001
Agência Senado
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