PRESIDENTE DA ELETRONORTE FALA DE REVOLUÇÃO ENERGÉTICA À TV SENADO



Uma "revolução silenciosa" vem acontecendo na Amazônia nos últimos anos: a revolução energética, base necessária do desenvolvimento econômico da região. Este é o tema de entrevista especial com o presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, que será apresentada pela TV Senado, sábado e domingo, às 11h e às 23h, e na segunda-feira, às 7h30 e às 11h.
- A Amazônia não será mais carente de energia. Com a concretização, na gestão do presidente Fernando Henrique, dos planos elaborados pela Eletronorte durante o governo Sarney, aconteceu uma revolução energética silenciosa nos últimos cinco anos, que vai viabilizar o desenvolvimento da região - afirmou.
Lopes explicou que a "revolução" foi obra dos técnicos da Eletronorte, que conseguiram mudar a abordagem da questão energética na Amazônia através da elaboração de cenários. Eles convenceram o governo de que o investimento em geração de energia em determinados locais seria capaz de alavancar a atividade econômica.
O presidente da Eletronorte esclareceu alguns pontos da política de desestatização da empresa, ressaltando que hoje o governo não é mais visto como agente econômico no setor elétrico, e sim como agente regulador e responsável pelas pequenas comunidades e áreas anti-econômicas.
- A Eletronorte tem agido no sentido de viabilizar a privatização, mas sem deixar de investir na Amazônia, aonde não couber a iniciativa privada - sublinhou.
Entre os principais projetos da Eletronorte para garantir o suprimento de energia estão a duplicação da capacidade da hidrelétrica de Tucuruí e a construção da usina de Belo Monte, ambas no Pará, e cujo papel extrapola a região amazônica, garantindo o suprimento do resto do país pela interligação do sistema. A primeira fase de Tucuruí já contribui com 10% do total brasileiro, sendo hoje a maior hidrelétrica brasileira (a binacional de Itaipu entra com 25%).
Tucuruí II e Belo Monte gerarão juntas quase 20 mil megavats, e, pelo sistema interligado, Belém poderá receber a energia de Itaipu e Porto Alegre ser suprida por Tucuruí, por exemplo. Lopes está certo de que o novo projeto de Belo Monte, no rio Xingu, vai atrair a iniciativa privada, e a licitação estará pronta até junho do ano que vem.
- É um negócio espetacular. Será uma energia ainda mais barata do que a produzida hoje, com impacto ambiental quase zero, sem necessidade de remanejamento de população, sem atingir aldeias indígenas. É uma dádiva da natureza; igual, só Paulo Afonso - assegurou.
Na entrevista, Lopes fala também dos projetos da Eletronorte para os estados do Amapá, Rondônia, Roraima, Acre e Tocantins, das iniciativas tomadas para regularizar o fornecimento de eletricidade ao Amazonas, especialmente Manaus, e também sobre a interligação com a Venezuela e as novas perspectivas de integração regional.

18/08/2000

Agência Senado


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