PRESIDENTE DIVIDE ÊXITO DE SEU GOVERNO COM PARLAMENTARES



Na mensagem de abertura dos trabalhos legislativos, encaminhada pelo presidente da República ao Congresso Nacional, Fernando Henrique Cardoso listou aspectos positivos de seu governo e dividiu o êxito obtido com os parlamentares. Lembrando a crise financeira internacional que abalou o mundo durante seu governo, o presidente afirmou que não foi eleito para administrar crises, "mas para conduzir um projeto de transformação do Brasil".
- Divido o êxito da travessia com aqueles que me deram apoio no Congresso Nacional - afirmou o presidente na mensagem, lida no plenário do Senado pelo deputado Ubiratan Aguiar (PSDB-CE). A mensagem foi acompanhada por uma carta, enviada pelo presidente esta semana, destacando os resultados obtidos na convocação extraordinária (ver matéria).
No texto, Fernando Henrique afirma que tanto o governo como a Câmara e o Senado tomaram as medidas necessárias para o enfrentamento da crise. Afirmou que ambos os Poderes, Executivo e Legislativo, continuarão a empreender "as mudanças que atendem às aspirações de desenvolvimento e justiça do povo brasileiro".
O presidente lembrou a boa resposta dada pela economia brasileira à mudança do regime cambial. Essa resposta, segundo ele, foi condicionada pela desindexação de preços e salários e também pelo saneamento do sistema financeiro nacional, medidas empreendidas em seu governo.
Entre os dados positivos citados pelo presidente estão a taxa de inflação anual de 8%, a taxa de câmbio estabilizada, a entrada recorde de investimentos diretos e índices de desemprego "em franca recuperação". Na área educacional, o presidente anunciou um índice de matrícula no primeiro grau de 96% ano passado e um crescimento na oferta de matrículas no segundo grau de 57%, entre 1994 e 1999.
Fernando Henrique Cardoso destacou o envio, ao Congresso, do Plano Plurianual (PPA) - chamado pelo governo de "Avança Brasil". O plano, com 365 projetos prioritários, é, segundo ele, um "enorme salto de qualidade para a capacidade de se projetar o futuro do país".

15/02/2000

Agência Senado


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