Presidente do Banco Central diz que 20 milhões de pessoas migraram das classes D e E para a classe C



O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, declarou nesta quinta-feira (20) que cerca de 20 milhões de pessoas migraram das classes D e E para a classe C nos últimos cinco anos. É a mesma informação divulgada no domingo passado pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo Meirelles, essa migração é resultado, entre outros fatores, do aumento do nível de emprego e da massa salarial, da maior oferta de crédito e dos benefícios provenientes dos programas sociais implementados pelo governo federal. Essas declarações foram dadas na audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta quinta-feira.

Meirelles afirmou que, entre 2004 e este ano, foram criados quase 1,3 milhão de empregos formais no país, em média, por ano. E que a massa salarial real (descontada a inflação) cresceu 6,4% entre novembro de 2006 e novembro de 2007.

- Vamos entrar em dezembro com uma das menores taxas de desempregos dos últimos anos - frisou ele.

Durante a audiência, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que "existe distribuição de renda no Brasil, mas esta ainda é muito pequena quando comparada à regressividade da carga tributária" - referindo-se à distorção que faz com que as pessoas com menos renda paguem proporcionalmente mais tributos.

Ao apontar as taxas de juros como um dos fatores de concentração da riqueza, ele ressaltou que existem estimativas segundo as quais "25% dos títulos da dívida pública pertenceriam a apenas 15 mil famílias brasileiras".



20/12/2007

Agência Senado


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