Presidente do BNDES diz que banco aumentou volume de desembolsos e financiamentos para empresas
O presidente da CAE, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), observou que os dados mostrados por Fiocca mostram "uma aceleração espetacular de desembolsos, a eficiência do BNDES e seu papel de fomento ao crescimento da economia". O senador disse também que Fiocca teve destacada carreira no setor privado e agora presta relevantes serviços na administração pública.
Fiocca informou que o BNDES está estendendo seu financiamento para grandes projetos no país e que a tendência do banco é a de aumentar ainda mais o volume de desembolso. Também na área das pequenas, micro e médias empresas, informou, o BNDES aumentou em 12% o volume de operações.
- Houve maior democratização, ou seja, um maior número de empresas obteve financiamento. Há uma política de estímulo para que bancos façam mais financiamentos para as pequenas empresas - disse Fiocca.
Outros programas desenvolvidos pelo banco são o de microcrédito produtivo para cooperativas e o cartão BNDES - a modalidade mais simples para financiamento da instituição. Segundo Fiocca, o banco elevou de 46 mil para 106 mil o número de cartões e os empresários podem solicitar esse tipo de crédito pela Internet. Disse também que o banco tem atuado de maneira mais sólida no mercado de capitais.
Na área de empréstimos, o banco refez sua programação no final de 2005, com a adoção de nova política, novos programas e nova escala, incluindo uma previsão para devedores duvidosos, segundo relatou o presidente do BNDES. Foram feitas várias reduções no spread (taxa adicional de risco cobrada no mercado financeiro; é variável, conforme a liquidez do tomador, o volume de empréstimo e o prazo de resgate).
Essas reduções na taxa de spread foram realizadas nos financiamentos para setores de logística, energia, indústria e ferrovias. Nas áreas sociais, segundo contou, a queda foi mais intensa e, na área de gás, a taxa também foi bastante reduzida.
Fiocca relatou ainda aos senadores quatro casos de projetos considerados mais complexos, que foram viabilizados pelo BNDES para as seguintes empresas: Transpetro; Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa); e Brasil-Ferrovias (antiga Fepasa e Ferronorte), que foi vendida para a ALL Logística.
O presidente do banco detalhou as operações, informando que o BNDES conseguiu construir uma estrutura de financiamento para setores fragilizados, como a Transpetro, numa operação complexa, e pôde, por meio de "segurança bancária e boa técnica", viabilizar a operação, instalando um estaleiro no Nordeste.
A Brasil Ferrovias estava há muitos anos sem investimento e inadimplente com o governo e o BNDES. Fiocca disse que havia dificuldade de gestão na empresa e o banco resolveu reestruturar a dívida e colocar capital novo na instituição. A operação, segundo contou, foi polêmica, mas o resultado hoje é excelente, pois o BNDES recuperou toda a dívida e o Tesouro Nacional também pôde reaver seus débitos de R$ 400 milhões. A empresa voltou a investir cerca de R$ 500 bilhões e adquiriu capacidade de investimento.17/04/2007
Agência Senado
Artigos Relacionados
Desembolsos do BB para antecipação do 13º salário atingem volume recorde
Aprovada emenda de Mercadante a projeto que restringe financiamentos do BNDES para empresas estrangeiras
WILSON CONDENA FINANCIAMENTOS DO BNDES A EMPRESAS ESTRANGEIRAS
Eduardo reclama de financiamentos do BNDES no exterior e pede que banco vá ao Tocantins
Volume de crédito aumentou 1,1% em abril
Volume de empréstimos bancários aumentou 19% em 12 meses