Presidente do Conselho Nacional da Saúde critica polaridade no debate sobre Mais Médicos



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Em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) sobre o programa Mais Médicos, a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, considerou uma distorção a “polaridade” estabelecida no debate sobre o tema, na forma de um “conflito” entre uma categoria profissional – os médicos – e o Estado brasileiro. A seu ver, a ótica correta da questão deve ser os direitos humanos, essencialmente a garantia constitucional dos cidadãos de acesso aos serviços de saúde.

- É um direito de cidadania da população brasileira e isso custou alto para a sociedade, que sempre teve seus direitos negados pelo Estado, principalmente na saúde – disse.

De acordo com Maria do Socorro, o programa de interiorização do atendimento médico, que vai incluir a contratação de profissionais estrangeiros, deve compor políticas mais amplas com um “olhar” sobre o desenvolvimento regional e local. Ela observou que não por coincidência o déficit de profissionais está exatamente nas regiões Norte e Nordeste, aquelas que acumulam também as maiores disparidades em termos de desenvolvimento.

- Mais que levar médicos, o país precisa interiorizar políticas públicas de desenvolvimento focadas no fim das desigualdades regionais, porque muita gente sai do campo e das florestas para as cidades exatamente em razão de não haver de fato uma descentralização no desenvolvimento – comentou.



22/08/2013

Agência Senado


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