Presidente do Senado defende aprovação da reforma tributária para minimizar efeitos da crise
Os reflexos da crise econômica no Brasil pautaram o debate da reunião do Conselho Político da Ação Empresarial, realizada na noite desta segunda-feira (3) no World Trade Center, em São Paulo. Durante o evento, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, opinou que se o Congresso conseguir aprovar a reforma tributária contribuirá decisivamente para minimizar os efeitos da crise na economia do país.
- Nós não temos instrumentos para lidar com a crise, mas, ao mesmo tempo, temos. Vamos mostrar ao mundo que em plena crise somos capazes de aprovar uma reforma tributária que, se não é a ideal, pelo menos resolve problemas como a centralização econômica, a acumulação de legislações sobre impostos e a crise federativa - afirmou Garibaldi Alves.
O presidente do Senado também se comprometeu a sugerir ao presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Aloizio Mercadante (PT-SP), que convide representantes do empresariado nacional para debater com os senadores soluções para a economia brasileira. Ele também pediu ao deputado federal Antonio Palocci - presidente da comissão especial da reforma tributária na Câmara - que lidere o processo de convencimento em favor da aprovação da matéria.
O ex-ministro Palocci, também presente à reunião, fez uma explanação sobre a crise. Ele observou que a falta de crédito e liquidez será sentida por todos os países, cobrando um custo elevado no desenvolvimento econômico das nações. Por outro lado, destacou que o Brasil - por ter um sistema financeiro saudável - não deverá enfrentar problemas como os registrados na Europa e nos Estados Unidos.
Por sua vez, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, defendeu que, apesar das dificuldades, o Congresso não pode apenas ficar dependente das ações do Executivo. Ele propôs aos integrantes da Ação Empresarial uma reunião entre seus representantes e lideranças da Casa para elencar projetos que, se aprovados, poderiam ajudar o país a enfrentar a crise.
A reunião do Conselho Político da Ação Empresarial foi aberta pelo seu coordenador, Jorge Gerdau Johannpeter, que fez um balanço das ações desenvolvidas pela entidade.
Gerdau também enumerou algumas prioridades do empresariado, entre elas a aprovação da reforma tributária. Porém, explicou que ainda não há uma posição definitiva sobre o substitutivo à reforma tributária apresentado pelo relator, deputado Sandro Mabel (PR-GO), à comissão especial que trata do assunto.
Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto, opinou que o papel do Congresso é fundamental nesse período de turbulência econômica. Ele defendeu o debate de uma pauta mínima pelos parlamentares, incluindo temas como agências reguladoras, marcos regulatórios (sobretudo o do gás), meio ambiente, setor aeroportuário e terceirização de serviços.
Roberto Homem / Assessoria da Presidência
04/11/2008
Agência Senado
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