Em encontro com industriais, Garibaldi defende reforma tributária para amenizar efeitos da crise



O presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves Filho, participou na tarde desta quarta-feira (29) do encerramento do 3º Encontro Nacional da Indústria (Enai), evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Ao falar para uma platéia de mais de 500 pessoas, Garibaldi defendeu enfaticamente a necessidade de o Congresso Nacional aprovar, com agilidade, a reforma tributária, em análise na Câmara dos Deputados.

- A reforma tributária está ao nosso alcance. Depende da vontade política dos parlamentares. É só a Câmara aprovar e o Senado, tenho certeza, não ficará atrás - garantiu Garibaldi, lembrando que a reforma não é "milagreira", mas vai ajudar a amenizar os efeitos da crise no país.

Garibaldi sugeriu às autoridades presentes um esforço suprapartidário conjunto para que a reforma tributária seja aprovada com rapidez e traga as mudanças de que o país necessita, como a redução da carga tributária. Ele criticou a "montanha de tributos" e a burocracia do sistema tributário nacional. Projeto de reforma tributária enviado ao Congresso pelo Poder Executivo tramita na Câmara juntamente com outras propostas de parlamentares.

Também participaram da solenidade o vice-presidente da República, José Alencar; os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi; o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia; e o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro (PTB-PE).

Falando diretamente a Garibaldi e Chinaglia, o presidente da CNI disse, referindo-se à crise financeira internacional, que o "mundo mudou em poucas semanas", o que exige do Parlamento uma agenda de atividades despolitizada e estruturante. Para Armando Monteiro, o setor industrial precisa, dentre outras medidas, da ampliação do prazo para recolhimento de tributos, da redução da alíquota de IOF sobre operações de crédito e do uso das reservas internacionais do Banco Central para assegurar o acesso das empresas a linhas de financiamento para exportação.

Outro ponto lembrado pelo presidente da CNI é a necessidade do estabelecimento de marcos regulatórios para as áreas de gás natural e aeroportuária, por exemplo. Armando Monteiro entregou às autoridades presentes a "Carta da Indústria" e as "Conclusões do 3º Enai", resumo de todas as discussões do encontro, com sugestões de ações e medidas para ajudar o setor industrial brasileiro a manter o desenvolvimento dos últimos anos.

Chinaglia propôs uma reunião entre representantes da CNI e as lideranças partidárias com o objetivo de discutir as sugestões dos industriais.

Para o vice-presidente José Alencar, o Brasil tem "condições excepcionais para sair dessa crise". Ele voltou a criticar a alta taxa básica de juros da economia brasileira e concordou que o país precisa simplificar o sistema tributário. José Alencar também defendeu como urgentes as reformas política e previdenciária.

- Está na hora de valorizar quem trabalha e quem produz: a economia real. Não temos que temer a crise, mas não podemos cruzar os braços - afirmou o vice-presidente.



29/10/2008

Agência Senado


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