Prévia da inflação oficial chega a 0,46% em novembro



O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – prévia da inflação oficial do País - teve variação de 0,46% em novembro, pouco acima da taxa de 0,42% de outubro. Com isso, o acumulado no ano ficou em 5,96%, acima de igual período do ano anterior (5,07%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,69%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (7,12%). Em novembro de 2010, a taxa havia sido de 0,86%. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados nesta quarta-feira (23).

Os preços dos alimentos voltaram a apresentar aceleração e passaram dos 0,52% de outubro para 0,77% em novembro, exercendo impacto de 0,18 ponto percentual sobre o índice do mês. Vários produtos se mostraram em alta, destacando-se a batata inglesa (de -3,65% em outubro para 12,43% em novembro), café moído (de 2,81% para 3,13%), tomate (-6,27% para 3,00%), frutas (de 0,84% para 1,50%), carnes (de 0,55% para 1,30%) e refeição fora (de 0,41% para 0,75%).

Além dos alimentos, subiram, ainda mais, os preços dos artigos de vestuário, que, indo para 0,87% após os 0,38% de outubro, constituíram-se no grupo de maior variação no mês, seguido do grupo das despesas pessoais, que foram para 0,82% em novembro após os 0,22% de outubro. Neste, se destacaram os salários dos empregados domésticos, com alta de 1,35% ante 0,10% em outubro, sendo o item de maior impacto no mês (0,05 ponto percentual).

No grupo comunicação, que foi para 0,36% em novembro, enquanto havia mostrado estabilidade em outubro, a pressão foi exercida pelos serviços de telefonia celular, que apresentou variação de 1,83% em novembro contra 0,07% em outubro.

Em contrapartida, os transportes, da alta de 0,57% de outubro foram para, apenas, 0,02% em novembro e ajudaram a conter a taxa do mês, o que se deve à menor variação das passagens aéreas (de 14,23% para 4,00%) e do etanol (de 1,17% para 0,14%), além das quedas verificadas nos preços do automóvel novo (de –0,09% para –0,35%) e usado (de 0,84% para –1,34%), no litro da gasolina (de 0,11% para –0,34%), nas tarifas dos ônibus interestaduais (de –0,02% para –0,33%) e no seguro voluntário para veículos (de 4,46% para –0,56%).

O grupo habitação, indo de 0,85% para 0,40%, também ajudou a conter a taxa do mês. A menor variação de um mês para o outro se deve, principalmente, aos seguintes itens: condomínio (de 0,76% para 0,18%), taxa de água e esgoto (de 1,73% para zero), artigos de limpeza (de 0,66% para –0,06%) e gás de botijão (de 1,19% para –0,41%).


Regiões

Sobre as regiões pesquisadas, Porto Alegre (0,73%) destacou-se pelo mais elevado resultado do mês, observando que a energia elétrica ficou 2,31% mais cara, refletindo o reajuste de 7,60% concedido em 25 de outubro. Além disso, o litro da gasolina teve alta de 3,43%. O índice mais baixo foi o de Salvador (0,16%), onde o litro da gasolina chegou a ficar 9,00% mais barato, seguido do etanol, com o litro custando 5,77% menos do que no mês anterior.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 14 de novembro e comparados com aqueles vigentes de 14 de setembro a 13 de outubro de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.

A publicação completa do IPCA-15 pode ser acessada no site do IBGE.


Fonte:
IBGE



23/11/2011 15:14


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