Primeiro-ministro italiano será recebido por Renan
Renan tem dito que o aquecimento global, a escalada dos preços do petróleo e a corrida por fontes alternativas de energia abrem caminho para o Brasil assumir a liderança mundial na solução da crise energética. Em sua opinião, essa preocupação está na agenda política do mundo e o Brasil pode extrair, com isso, ganhos nos setores geopolítico e econômico, por liderar, ao lado dos Estados Unidos, a produção mundial de etanol.
O biocombustível está também na pauta de conversas do premier italiano com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como a integração regional na Europa e na América do Sul; o acordo Mercosul-União Européia; mecanismos inovadores de financiamento do desenvolvimento; a rodada Doha da Organização Mundial do Comércio; o fortalecimento do multilateralismo; e a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o Itamaraty, o presidente Lula e Romano Prodi deverão reafirmar compromisso com o estabelecimento de uma parceria estratégica e concordar em instituir mecanismos de consulta no mais alto nível político, o que resultará em avaliações anuais dos compromissos acordados, na fixação de novas metas para o relacionamento bilateral e na coordenação de posições sobre temas de interesse mútuo da agenda internacional.
Em 2006, as relações econômico-comerciais entre Brasil e Itália receberam forte impulso com a realização de duas importantes missões empresariais - da Confederação de Indústrias da Itália ao Brasil, em março, e das Federações das Indústrias de São Paulo e Minas Gerais a Roma e a Milão. No plano institucional, foi criado o Conselho Brasil-Itália de Cooperação Econômica, Financeira e para o Desenvolvimento, que realizou sua primeira reunião em Roma, em setembro passado.
Essas ações deverão incrementar o fluxo do comércio bilateral, que vem batendo recordes sucessivos nos últimos anos (US$ 6,4 bilhões em 2006), e impulsionar os investimentos italianos no Brasil em novas áreas, como a de infra-estrutura. A Itália ocupa o 12º lugar entre os países investidores no Brasil, com estoque de US$ 4,4 bilhões. No relacionamento Brasil-Itália sobressaem também os sólidos vínculos humanos que unem os dois povos, ilustrados pelos 25 milhões de brasileiros de origem italiana.
A decisão de Prodi de realizar a visita no momento em que enfrenta dificuldades internas que abalaram a própria coalizão do seu governo traduz, para o governo brasileiro, o interesse renovado da Itália pelo Brasil. Seu encontro com o presidente Lula será às 11h desta terça-feira (27), no Palácio do Planalto. No Legislativo, ele visita também o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. Em Brasília, além de ser recebido pelos chefes do Legislativo e do Executivo, ele se encontrará com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.26/03/2007
Agência Senado
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