Na sessão, Renan reafirma que depoimento de ministro será depois da Páscoa



O presidente do Senado, Renan Calheiros, reafirmou durante a sessão desta tarde, segunda-feira (10), que o depoimento no Senado do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sobre a sua suposta participação caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, deverá ser agendada para depois da Páscoa. Renan voltou a abordar a questão após ouvir os pronunciamentos dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), que defendeu a viabilidade do depoimento do ministro para esta "terça ou quarta-feira", e do líder do PFL, José Agripino (RN), para quem Márcio Thomaz Bastos só deverá ser ouvido após os depoimentos do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e do advogado Arnaldo Malheiros na CPI dos Bingos.

José Agripino entende que as informações que poderão ser obtidas através dos depoimentos de Jorge Mattoso e do advogado Arnaldo Malheiros serão substanciais para a argüição que os senadores farão com o ministro da Justiça. Apesar de Suplicy haver proposto que Thomaz Bastos pudesse providenciar o envio aos senadores do depoimento que Jorge Mattoso já prestou à Polícia Federal antes de ele próprio comparecer ao Senado, o líder do PFL ponderou que as informações contidas no documento poderiam não conter as respostas às perguntas que os próprios senadores gostariam de fazer a Jorge Mattoso.

De acordo com José Agripino, o ministro da Justiça deverá comparecer ao Senado "como suspeito para esclarecer fatos", enquanto o ex-presidente da Caixa "precisa vir para dizer claramente de quem ele recebeu as ordens que resultaram na quebra do sigilo bancário do caseiro".

Apesar de haverem requerimentos de deputados e senadores convocando Thomaz Bastos, o depoimento do ministro da Justiça deverá ser no Senado, de acordo com Renan Calheiros, porque o Regimento desta Casa possui características que permitem aos senadores tirarem "o máximo do que se quer, que é a participação dele no esclarecimento dos fatos".

Respondendo ao senador Sibá Machado (PT-AC), Renan esclareceu que, como de praxe, será observada a ordem de inscrição para os senadores que quiserem fazer perguntas ao ministro durante seu depoimento, na próxima semana.

10/04/2006

Agência Senado


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