Processos que envolvem vítimas ou testemunhas ameaçadas poderão ter julgamento priorizado



O inquérito e o processo criminal em que figurarem como réus, vítimas ou testemunhas as pessoas protegidas pelos programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas poderão passar a ter prioridade no julgamento. Parecer a projeto de lei de autoria do Poder Executivo com esse objetivo foi aprovado nesta quarta-feira (13) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e deverá ser agora votado em Plenário.

Segundo o relator da matéria (PLC 86/07), senador Eduardo Suplicy (PT/SP), a proposta não só reduzirá o tempo necessário para o julgamento como também "possibilitará a punição dos culpados, reduzindo os riscos enfrentados por aqueles que denunciam os fatos ao Poder Público".

A proposição, que altera a lei que dispõe sobre programas de proteção a testemunhas (Lei 9.807/99), também prevê que o juiz tome antecipadamente o depoimento das pessoas incluídas nesses programas, devendo justificar a eventual impossibilidade de fazê-lo.

- Existe realmente necessidade de se proporcionar maior celeridade aos processos criminais e aos inquéritos policiais, especialmente àqueles que contenham programas de proteção aos colaboradores da Justiça, possibilitando a efetiva punição dos culpados e o desbaratamento do crime organizado - justificou Suplicy.

A matéria já foi aprovada na Câmara dos Deputados, onde recebeu parecer favorável da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.



13/02/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Justiça terá que dar prioridade a processos que envolvam testemunhas ameaçadas

Políticas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas serão discutidas em Brasília

Brasília sedia seminário sobre assistência a vítimas e testemunhas ameaçadas

Justiça: Seminário Nacional avalia Proteção a Vítimas e a Testemunhas ameaçadas no Brasil

Vítimas e testemunhas de delito poderão contar com novas formas de proteção

PROCESSOS NO BC CONTRA CLUBES ENVOLVEM US$ 42,5 MILHÕES