Produtores da Bahia combatem praga que ataca lavouras de soja e algodão



O uso controlado de benzoato de emamectina foi autorizado para conter os prejuízos provocados pela praga

 

A partir da próxima semana, produtores de soja e algodão da Bahia receberão orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre como aplicar o defensivo agrícola benzoato de emamectina. O produto será utilizado nas plantações para combater a praga quarentenária Helicoverpa Armigera, que já provocou prejuízos da ordem de R$ 2 bilhões no extremo oeste do estado baiano.

A aplicação do benzoato de emamectina, a ser utilizado pela primeira vez no Brasil, ocorrerá de forma controlada e em área previamente delimitada. O objetivo é quebrar o ciclo biológico da praga diminuindo assim a pressão populacional para, em seguida, iniciar manejo integrado. Os cuidados que os agricultores terão que observar na aplicação para evitar intoxicação ou uso inadequado do produto, tanto do ponto de vista da saúde quanto do meio ambiente, são os mesmos utilizados para qualquer outro agrotóxico.

Entre essas recomendações estão evitar aplicar o defensivo na presença de ventos fortes ou nas horas mais quentes; não aplicar o produto a uma distância menor que 100 metros de rios, riachos, córregos, lagos estuários, áreas alagadas ou sujeitas à inundação quando for pulverização terrestre; usar somente as doses recomendadas; não executar aplicação aérea de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância inferior a 500 metros de povoação e de mananciais de captação de água para abastecimento público e de 250 metros de mananciais de água, comunidades, agrupamento de animais e vegetação suscetível a danos; e não aplicar o produto no período de maior visitação das abelhas.