Programa eleitoral tentará mudar intenções de voto








Programa eleitoral tentará mudar intenções de voto
Especialistas acham que 50% dos eleitores não definiram candidato a presidente

SÃO PAULO - Amanhã, as atenções do País estarão voltadas para o início da publicidade eleitoral gratuita e suas principais estrelas, os candidatos que postulam a Presidência da República. Uma das grandes questões que vêm sendo debatidas por analistas e até mesmo pelos comandos de campanha dos candidatos é a seguinte: até que ponto esses programas poderão alterar o atual quadro de intenção de votos? Para a especialista em pesquisas eleitorais, Fátima Pacheco Jordão, cerca de metade do eleitorado, principalmente a grande massa que tem a televisão como principal fonte de informação, ainda não cristalizou seu voto. "Por isso o potencial de mudança, do ponto de vista técnico, é óbvio", atesta ela.

De acordo com ela, ainda não é possível avaliar quem será favorecido com as mudanças proporcionadas pelo horário eleitoral. Fátima Pacheco informa que devido à exposição na mídia, a campanha presidencial já está quente. Porém, o horário eleitoral gratuito vai incorporar a parcela grande daqueles eleitores que ainda não entenderam muito bem as proposições dos concorrentes.

Segundo ela, apesar da grande exposição que os candidatos já estão tendo na mídia, a pauta dos programas do horário eleitoral gratuito é diferente da explorada na grande mídia. "A agenda da mídia é mais de elite, focada nos problemas econômicos e em outros grandes temas. Mas nos programas do horário eleitoral, a pauta é diferente e vai sintonizar mais diretamente as proposições que os candidatos pretendem passar para o eleitor. Este é o momento no qual o candidato fala diretamente com seu eleitor", destaca.

A mesma opinião é compartilhada pelo especialista em marketing político, Sidney Kuntz. O especialista diz que os programas do horário eleitoral gratuito podem mudar o atual quadro eleitoral. "Este é o único instrumento onde o candidato fala direto com o eleitor, apresenta suas propostas e diz como pretende resolvê-las. É a arena eletrônica onde o duelo decisivo será travado", destaca. Kuntz alega que a alteração do atual quadro eleitoral vai depender muito do voto ainda não cristalizado, mas lembra que o eleitor latino costuma definir seu voto muito próximo da eleição.

Os dois analistas concordam também em um outro ponto: o eleitor está refutando os ataques e as baixarias baratas, comuns em campanhas passadas. "Ninguém envolve pelo negativo", diz Fátima. Para Sidney Kuntz, os ataques realmente não estão agradando o eleitorado e um exemplo disso foi o desempenho de Anthony Garotinho, presidenciável do PSB, no debate da Rede Bandeirantes. Com a postura de franco-atirador, ele obteve o último lugar na preferência do eleitorado.

Para Fátima Pacheco, historicamente o horário eleitoral faz a diferença. Ela lembra que na eleição presidencial passada, foi apenas depois do início do horário eleitoral gratuito que ficou claro que Fernando Henrique Cardoso venceria o pleito no primeiro turno. "O mesmo ocorreu com Collor em 89, quando iniciou os programas do horário eleitoral é que ficou claro que ele iria para o segundo turno".


Fiscais do Ibama estão desaparecidos
PORTO ALEGRE - Dois navios da Marinha continuam percorrendo a costa gaúcha, na região de São José do Norte, em busca dos corpos dos fiscais do Ibama, Elvis Martins e José Alfredo Gonçalves e de um marinheiro não identificado. Eles estão desaparecidos desde sexta-feira, após a queda no mar do helicóptero Esquilo do 5º Distrito da Marinha que fazia inspeção naval entre Rio Grande Sul e Tramandaí. No sábado foram encontrados os corpos do piloto, capitão Marcelos Reis e do tenente Eduardo de Souza Campos, ambos cariocas. Na manhã de ontem foram encontrados restos da aeronave próximo a São José do Norte.


Laboratórios manipulam dados
Informações distorcidas dão a impressão de que preços cobrados estão defasados e justificariam aumentos

BRASÍLIA- Técnicos da Câmara de Medicamentos descobriram que, no mês passado, os laboratórios passaram a manipular os dados da série histórica sobre vendas do setor, alterando as informações sobre faturamento e número de unidades vendidas desde 1997.

Segundo o Governo, a estratégia da indústria farmacêutica, ao modificar os dados do passado (que são a base para calcular quanto variou a receita e as vendas), é criar a falsa impressão de que enfrentam, agora, uma situação pior que antes e não teriam mais margem para agüentar o congelamento de preços. A indústria insiste em reivindicar um reajuste médio de preços de 15%, devido à alta do dólar.

Os números modificados foram publicados no site da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) - que reúne as seis maiores entidades do setor e representa 250 laboratórios - e descobertos por um técnico da Câmara de Medicamentos que monitora a indústria. Os novos números revelam um faturamento menor que o mostrado anteriormente e um número maior de unidades vendidas. Com isso, os laboratórios passaram a ter um retrospecto de queda contínua nos seus ganhos por unidade, argumento usado agora para justificar a necessidade de um reajuste para recompor perdas provocadas pelo controle de preços.

Em menos de 30 dias, as informações relativas ao ano de 1997, por exemplo, deixaram de mostrar um faturamento de US$ 10,35 bilhões e a venda de 1,74 bilhão de unidades.

De uma hora para outra, o faturamento da indústria naquele período caiu para US$ 8,53 bilhões e o número de unidades vendidas aumentou para 1,85 bilhão. O mesmo fenômeno ocorreu com os dados de 2000: o faturamento anunciado pelo setor caiu de US$ 7,48 bilhões para US$ 6,7 bilhões, enquanto o número de unidades vendidas cresceu de 1,47 bilhão para 1,69 bilhão. "Diante de tantas diferenças, a indústria precisa dar uma explicação, disse o técnico.

O presidente da Febrafarma, Ciro Mortella, afirma que as alterações no site tiveram razões metodológicas. No caso do faturamento, os números anteriores incluiriam as vendas brutas (sem desconto de impostos) e agora considerariam as vendas líquidas.

Em relação às unidades, teriam incluído no cálculo o mercado hospitalar. "Não há necessidade de manipular números com preços congelados. O pedido de reajuste da indústria é feito com base na fórmula que a Câmara de Medicamentos definiu", defende-se Mortella.

Segundo o técnico que descobriu a maquiagem nos números, também existem diferenças entre os dados entregues por laboratórios fabricantes de genéricos ao governo e os levantados pelo instituto de pesquisa IMS Health, utilizado por empresas do mundo inteiro para acompanhar o setor. Em maio, por exemplo, os laboratórios informaram ao Governo a venda de 11,9 milhões de unidades de genéricos, enquanto a quantidade observada pelo IMS foi de 6,3 milhões.

Mortella alega que esta diferença ocorre porque o IMS só considera as vendas de farmácias, enquanto os dados entregues ao Governo incluem toda a cadeia de distribuição. O técnico do governo afirma, entretanto, que as vendas de farmácia correspondem a 70% do mercado. Assim, a diferença aceitável entre os números do IMS Health e do Governo seria de, no máximo, 2,03 milhões de unidades e não de 5,6 milhões.

Quanto mais genéricos vendidos, mais a indústria de medicamentos argumenta que tem perdido mercado. E mais, supostamente, mais razões para pedir reajustes. O presidente da Febrafarma afirma que os laboratórios não têm como abrir mão de um reajuste médio imediato de 15% devido ao impacto da alta do dólar nos custos do setor. Segundo ele, o dólar estava cotado a R$ 2,36 quando os preços dos remédios passaram a ser controlados no fim de 2000 e, agora, está acima de R$ 3. Mortella disse que o percentual de reajuste solicitado pela indústria foi calculado com base na cotação de R$ 2,93, e, pelo valor atual da moeda, o aumento necessário é ainda maior.

O Governo reconhece que os preços das matérias-primas e medicamentos importados pelos laboratórios estão sendo afetados pela alta do dólar. Mas afirma que a indústria terá queesperar pelo menos até novembro. Isto porque a Câmara de Medicamentos pretende analisar os pedidos de aumento somente após a cotação do dólar se estabilizar no país, o que deve ocorrer depois das eleições. "Não é justo repassar para os consumidores um valor de dólar especulativo", disse o técnico, que explicou que, se a cotação da moeda ficar acima dos R$ 3, será preciso fazer uma revisão de preços.


FHC recebe presidenciáveis para fazer transição sem turbulências
Agenda discutirá acordo com FMI, empréstimos ao BID e reformas

SÃO PAULO- O presidente Fernando Henrique Cardoso reúne-se hoje, no Palácio do Planalto, com os quatro principais candidatos a sua sucessão, para apresentar aos candidatos o acordo realizado com o FMI. O primeiro visitante será Ciro Gomes (PPS), às 12h. Em seguida, o presidente receberá Luiz Inácio Lula da Silva (PT), às 13h; Anthony Garotinho (PSB), às 14h, e José Serra (PSDB) às 15h.

Na pauta do encontro serão discutidos assuntos como o acordo com o FMI, que prevê empréstimo de US$ 30 bilhões, sendo US$ 6 bilhões para este ano; os acordos com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento; o papel dos acordos no processo de transição, a mini-reforma tributária, a manutenção da alíquota do Imposto de Renda em 27,5%, que acaba em dezembro deste ano; mudanças no PIS (Programa de Integração Social) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

O presidente estará acompanhado do ministro da Fazenda, Pedro Malan, que já afirmou que não admitirá sugestões. "O acordo já foi firmado", disse. Oministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, também deverão estar presentes - os candidatos poderiam levar dois assessores cada um.

A coordenação da campanha de Serra tentou evitar o encontro, alegando que isso o enfraqueceria, dando a impressão de que FHC já não mais confia em sua vitória. A incerteza do mercado financeiro nos últimos dias, porém, acabou fazendo com que o governo fechasse os encontros.

Depois, Serra recuou e disse que se tratava de uma demonstração de "responsabilidade" da parte do presidente. "Isso está acima de interesses eleitorais e políticos", disse o tucano.

Ciro Gomes, antecessor de Malan na Fazenda, é o único que demonstrou o espírito desejado pelo atual ocupante da pasta. Ele declarou que encontrará FHC "sem reservas", de "coração aberto" e mais disposto "a escutar do que falar".

Lula concordou imediatamente com o encontro, mas disse que não irá à Brasília para "tomar café", e promete apresentar propostas de mudança na políticaeconômica. Já Garotinho disse que só iria se pudesse opinar - não deseja "referendar" uma política da discorda.

SIM AO FMI - Se depender dos assessores econômicos dos quatro principais candidatos à sucessão presidencial, os investidores podem dormir sossegados: eles dirão sim ao acordo com o FMI no encontro que terão hoje com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Expressões como centralização de câmbio, alongamento compulsório da dívida, calote na dívida externa são termos que os investidores temem e que os assessores nem pronunciam.

Mesmo assim, três especialistas em economia disseram por que temem a vitória da oposição. O deputado Emerson Kapaz (PPS-SP), um dos coordenadores econômicos de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, diz que o candidato terá um programa de metas de inflação e que o Banco Central terá autonomia .

O Guido Mantega, coordenador econômico do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, garante até que o Ministério e o programa para o primeiro ano do governo de Lula serão conhecidosainda em outubro, logo depois das eleições. Tito Ryff, coordenador econômico do candidato do PSB, Anthony Garotinho, garantiu que, mesmo que o real esteja muito desvalorizado em janeiro, o câmbio continuará a flutuar como hoje. O prefeito de Vitória (ES), Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), coordenador da campanha do candidato tucano, José Serra, ressalta que será necessário que o sucessor mantenha a coerência econômica do atual governo para restaurar a credibilidade no País.


Batismo coletivo termina em tragédia
SÃO PAULO - Uma criança de 12 anos e um adulto morreram afogados, ontem, durante um batismo coletivo na lagoa do Raposão, em Suzano, na Grande São Paulo. O culto religioso, que começou às 7h, contava com a presença de aproximadamente 40 pessoas da Igreja Evangélica Refugiar em Cristo, da Vila Progresso (zona leste da capital paulista). Ao meio-dia, José Luiz da Paixão, 37, que ajudava na organização do evento, notou que Débora Marques Landy, 12, e seu pai começaram a se afastar do grupo e tentou alertá-los sobre o risco. Os três caíram num buraco, aberto em escavações, e começaram a se afogar. O pai de Débora foi salvo.


Colunistas

DIARIO POLÍTICO - César Rocha

Atenção com o Legislativo
Há algumas semanas a equipe do DIARIO vem fazendo um esforço extra para evitar que a eleição proporcional continue à margem do debate político-eleitoral. Por uma distorção absurda, a campanha para deputado (federal e estadual) tem sido posta em segundo plano pelo próprio sistema eleitoral, pelos partidos políticos e, é preciso autocrítica, pela Imprensa. A instituição de eleições gerais sufoca a corrida para a Câmara Federal e Assembléias Legislativas. Todas as atenções e, em geral, os investimentos das lideranças políticas estão voltadas para as sucessões presidencial e estaduais. No máximo, no caso do Parlamento, há uma atenção maior para as vagas de senador (três por estado, sendo que renova-se duas agora e uma no próximo pleito). O desprezo pela disputa proporcional é tal que, por exemplo, entre 4 de julho e 4 de agosto passados, os quatro principais jornais nacionais não publicaram uma linha sobre as eleições parlamentares. Uma linha, apesar de as campanhas já estarem nas ruasoficialmente havia mais de um mês. Esse levantamento foi feito a pedido do presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Nélson Jobim, e publicado em interessante artigo do deputado federal Fernando Gabeira (PT/RJ) publicado no Observatório da Imprensa (www. observatóriodaimprensa. com.br). O Observatório tem estimulado o debate sobre essa distorção política nacional. E o DIARIO, através de reportagens dominicais dos jornalistas Vandeck Santiago e Silvia Bessa, tem tentado quebrar esse círculo vicioso da falta de discussão sobre a eleição legislativa. Círculo que estimula o descaso da população em relação aos deputados que elegerá. Isso é grave porque no próximo ano, por exemplo, estarão em pauta no Congresso Nacional temas delicados, capitais para o futuro brasileiro: o presidente eleito precisará do Congresso para fazer as reformas essenciais ao desenvolvimento nacional - sem elas, dificilmente não se terá crises econômicas mais graves que a atual. Os deputados deverão avaliar questões polêmicas como o ingresso do Brasil na Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Essas, todas, são questões que poderão nos conduzir a um período rico, de encontro com a nossa história, com nosso problema maior que é a desigualdade social. Ou simplesmente nos manter na mediocridade.

O site da campanha de Jarbas será lançado amanhã, às 10h, no comitê central, no Recife. É o www.jarbas15.com.br. Agora é esperar o embate virtual com Humberto costa, que lançou o dele na quinta-feira passada (www.humberto13pe. can.br)
< BR>Guerra dos evangélicos
Marco Maciel (PFL) e Sérgio Guerra (PSDB) têm encontro hoje, às 19h, no Colégio Americano Batista, no Recife, com lideranças evangélicas. A expectativa do organizador do evento, o deputado estadual Israel Guerra (PSDB) é reunir 600 pastores.

Boa nova
No encontro com evangélicos, Humberto agradeceu o apoio da Casa da Benção e falou do papel social deles para resgatar famílias desagregadas e ressocializar pessoas com problemas, como os viciados. Carlos Wilson e Dilson Peixoto também passaram por lá. Comemoraram a adesão à campanha e deram graças a Deus por terem o PL no palanque.

Alegria, alegria
O prefeito João Paulo (PT) só não passou despercebido para o eleitor sertanejo, no final de semana, quando acompanhava Humberto Costa em campanha, porque não consegue ficar parado. Basta bater uma lata e ele sai dançando e fazendo graça. O bom humor dele só não contagia uns petistas vacinados.

Outro rebanho
Quem também investiu ontem nos evangélicos foi Humberto Costa (PT). Convidado de última hora, correu para conversar em Caruaru com 1,5 mil pastores e fiéis da Casa da Benção. Marcos de Bria, candidato a deputado pelo PSC de Fernando Rodovalho, está pedindo votos para o petista e organizou a reunião.

Pé na estrada Sérgio Guerra não pode parar e agora quer o empenho dos candidatos a deputado para tentar se salvar da baixa nas pesquisas. Os tucanos Luiz Piauhylino e Augusto César deram uma mão ontem, em Serra Talhada, reunindo prefeitos e lideranças do Sertão para reforçar a candidatura dele ao Senado.

Rua fechada
Eleitores ligaram para se queixar da inauguração do comitê de Isaltino Nascimento (PT), no Pina, sexta-feira passada. A festa causou engarrafamento no acesso à Avenida Conselheiro Aguiar. E quem voltava para casa perdeu o humor.


Editorial

NÃO À QUEIMA DE ARQUIVO

Não há pena de morte no Brasil. Na opinião da grande maioria dos legisladores e dos especialistas em segurança, esse não é o caminho. O bandido já sabe que a perda da vida é um risco que ele corre cotidianamente. Portanto, já não a teme nem se inibe por isso. Além disso, a morte é irreversível. Não há como corrigir um erro processual que resulte nesse tipo de condenação. Assim, o caminho que se deve seguir é o da busca de recuperação do preso para a sua reintegração à sociedade. É sempre importante lembrar que essa é a regra seguida pela legislação brasileira e que, por mais revoltante que seja a ação criminosa e por mais inseguros que estejamos com o aumento da violência urbana, no mínimo por respeito à lei tem de ser sempre a opção da polícia nas ações de repressão ao crime.

Preocupa, portanto, a impressão de que não esteja sendo esse o caminho seguido pela polícia do Rio de Janeiro na busca dos assassinos do jornalista Tim Lopes. A morte de Tim Lopes chocou o País. O jornalista foi submetido a um bizarro “julgamento”. “Condenado”, sofreu torturas antes de ser barbaramente assassinado. Submetida à pressão da opinião pública, a polícia do Rio saiu à caça dos responsáveis. Em menos de duas semanas, porém, três dos dez criminosos envolvidos na tragédia de Tim Lopes estão mortos. Dois deles seguramente foram mortos pela polícia. O terceiro morreu no hospital em circunstâncias suspeitas. Que as mortes tivessem ocorrido em conseqüência do açodamento da polícia, já seria grave. O preocupante, no entanto, é a suspeita de que os bandidos tenham sido mortos em um processo de “queima de arquivo”. Para evitar que, vivos, os bandidos pudessem dar depoimentos que corroborassem a existência de uma convivência promíscua entre a polícia e o narcotráfico. Seja por um ou por outro motivo, o fato é que a morte dos criminosos prejudica a própria investigação policial. As informações dos traficantes sobre a rotina e a organização do crime contribuiriam no seu combate. Os bandidos mortos jamais serão um bem para a sociedade.
Constituem, sim, um desserviço. Principalmente se de fato servirem para encobrir irregularidades da própria polícia.


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08/19/2002


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