Programa Mais Médicos ganha reforço de 4 mil profissionais cubanos



O governo federal anunciou nesta quarta-feira (21) a vinda de 4 mil médicos cubanos para reforçar as equipes de saúde do Programa Mais Médicos. Os profissionais serão direcionados para 701 cidades -  das quais 84% estão nas regiões Norte e Nordeste - que não foram escolhidas por nenhum médico na primeira etapa do programa. A contratação será feita por meio de acordo de cooperação firmado entre o governo brasileiro e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O convênio prevê a vinda inicial de 400 médicos cubanos, que atuarão nas vagas que não foram escolhidas por brasileiros e estrangeiros na primeira rodada de contratação do programa. Na segunda etapa, a previsão é de que mais 2 mil médicos cubanos cheguem ao Brasil em outubro. O investimento será de R$ 511 milhões até fevereiro de 2014.  

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, todos os profissionais cubanos têm especialização em Medicina Familiar e Comunitária. "Dos médicos que virão trabalhar no País, 84% tem mais de 16 anos de experiência e todos já participaram de missões internacionais em localidades como Haiti, Amazônia Boliviana e Venezuela", disse. "A preferência é para os médicos que já tenham conhecimento do português por já terem participado de missões em países com língua portuguesa", complementa Padilha.

Convênio

O Ministério da Saúde repassará à Opas recursos equivalentes às condições fixadas pelo edital do Mais Médicos – de R$ 10 mil para cada médico. Os primeiros profissionais chegam ao Brasil neste fim de semana e passarão por avaliação de três semanas juntamente com os demais médicos com diploma do exterior – entre 26 de agosto e 13 de setembro.

Os primeiros profissionais de Cuba participarão do módulo de avaliação de três semanas que será oferecido a todos os estrangeiros inscritos no Mais Médicos neste primeiro mês de seleção. Estes profissionais ficarão concentrados em quatro capitais (Recife, Salvador, Brasília e Fortaleza) durante este período.

Os materiais que serão utilizados nessas atividades foram elaborados por uma comissão formada por professores de universidades federais inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência, sob orientação do Ministério da Educação (MEC). Os custos com alojamento e alimentação serão pagos pelo Governo Federal. A organização logística do módulo, incluindo recepção aos profissionais, será responsabilidade conjunta dos ministérios da Saúde e da Defesa.

A concessão de registro profissional segue a regra fixada na Medida Provisória que instituiu o programa Mais Médicos: os médicos terão autorização especial para trabalhar por três anos exclusivamente nos serviços de atenção básico em que forem lotados no âmbito do programa.

Programa Mais Médicos

Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades. Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica. 

O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos de saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

No primeiro mês de seleção do Mais Médicos, 1.618 profissionais tiveram sua inscrição homologada. Este grupo contemplava 522 médicos formados fora do país – entre eles, 164 de nacionalidade brasileira.

 

Fonte:

Ministério da Saúde



24/08/2013 15:37


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