Programa que apoia cooperativismo já beneficia mais de 50 mil agricultores familiares



Lançado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em 2004, o Programa de Fomento ao Cooperativismo da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Coopersol) chega a 2012, Ano Internacional das Cooperativas, com mais de 50 mil agricultores familiares associados. O programa busca fortalecer as organizações associativas da agricultura familiar e dos assentados da reforma agrária, com foco nas cooperativas de produção e crédito, visando a ampliação da capacidade de geração de renda, por meio da agregação de valor aos produtos e acesso a mercados, de forma competitiva.

O Coopersol, que integra as ações do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT/MDA), tinha como meta ampliar significativamente o número de cooperativas de crédito, de produção, de comercialização e de turismo conduzidas por agricultores. E, segundo o MDA, o objetivo foi atingido. Quando surgiu, há sete anos, o programa reunia apenas 140 cooperativas, número que, em 2009, chegou a 900 e, na virada de 2011 para 2012, ultrapassou o primeiro milhar.

“O objetivo é assegurar a inclusão social e a redução das desigualdades sociais, promovendo a segurança alimentar, o crescimento sustentável com geração de trabalho e renda — por meio da ampliação das fontes de financiamento —, e a democratização de acesso ao crédito cooperativo e ao microcrédito”, explica o consultor especialista em cooperativismos da Coordenação Geral de Associativismo e Cooperativismo da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT/MDA), Luís Tividini.

O Coopersol é considerado uma ação concreta em direção aos objetivos gerais de desenvolvimento do cooperativismo solidário estabelecidos no Plano Brasil Cooperativo, do governo federal, que concede a cada ministério autonomia para implantar programas que estimulem o crescimento do setor. “O programa também contribui para diversificar os serviços prestados pelas cooperativas aos associados, ampliando o uso do crédito e da assistência técnica, organizando a produção e incrementando a comercialização da produção”, destaca Tividini.

Nos últimos cinco anos, o Coopersol contou com investimentos de R$ 53 milhões, a maior parte em ações de capacitação de dirigentes e técnicos desde 2007. Na avaliação de Tividini, o Coopersol possui todas as condições necessárias para avançar ainda mais em 2012, e um dos fatores que podem contribuir para isso é a emissão de parecer favorável para a constituição de cooperativas de crédito.

“Quando foi criado o Coopersol, o MDA estabeleceu com o Banco Central (BC) uma parceria para conceder a autorização para o funcionamento das cooperativas de crédito. O MDA passou a avalizar, junto ao BC, os grupos em condições de criar uma cooperativa. Por meio do Coopersol, o MDA já conseguiu ajudar a emitir 108 pareceres favoráveis para a constituição de novas cooperativas de crédito rural. Ou seja, a parceria facilitou e agilizou a criação das cooperativas de crédito no meio da agricultura familiar”, informa Tividini.

A inexistência de agências bancárias em muitas localidades foi um dos motivos que levaram à criação do Coopersol, em 2004. Segundo dados do BC da época, 1.665 municípios em todo o País (29% de um total de 5.658) não contavam com bancos. Assim, as cooperativas de crédito, reconhecidas como instituições financeiras, vieram cumprir esse papel, auxiliando a atividade da agricultura familiar.

As principais ações realizadas pelo Coopersol são a capacitação dos produtores familiares para participação mais efetiva na estruturação e gestão dos empreendimentos associativos e cooperativos, a formação de agentes de desenvolvimento para atuar na gestão desses empreendimentos, a oferta de assessoria técnica e gerencial de boa qualidade, o desenvolvimento de produtos e promoção comercial da agricultura familiar e o fomento às cooperativas da agricultura familiar e reforma agrária.

Ano Internacional das Cooperativas

A Assembleia Geral das Nações Unidas ratificou, no último dia 22, a resolução sobre “Cooperativas e Desenvolvimento Social”, que declara 2012 como ano Internacional das Cooperativas (IYC, na sigla em inglês). Com isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o modelo cooperativo como fator importante no desenvolvimento econômico e social dos países. Esta é a primeira vez na história que um ano será dedicado ao setor cooperativista.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário

 



09/01/2012 19:35


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