Progressão continuada no modelo de ciclos pode acabar



Tramita em caráter de decisão terminativa na Comissão de Educação (CE), proposta do ex-senador Wilson Matos (PSDB-PR) para vedar a chamada progressão continuada no ensino fundamental, no caso de adoção do modelo de ciclos.

Na justificação constante do projeto de lei nº 390/07, Matos argumentou que o modelo permite que sejam organizados dois ciclos de dois anos letivos, em vez das quatro primeiras séries do ensino fundamental, ou dois ciclos de dois anos letivos, em vez das quatro primeiras séries do ensino fundamental, ou dois ciclos de quatro anos, abrangendo toda essa etapa educacional.

- Neste modelo, os alunos não são avaliados para obter a sua aprovação a cada ano letivo. O fundamento dessa organização alternativa é o de que, por existir apenas a possibilidade de retenção ao final do ciclo, os alunos teriam tempo mais longo de assimilar os conteúdos curriculares, sem a pressão de obter nota de aprovação ao fim de cada ano - observou.

Matos acrescentou que estudos têm apontado que esse modelo apenas transfere para mais tarde os efeitos do fracasso escolar. Ele assinalou que o aluno, ao perceber que seu empenho e o resultado de suas avaliações não têm efeito sobre o avanço para o ano letivo seguinte, tende a sentir-se despreocupado com os estudos e a realização das demais tarefas escolares, comprometendo todo o processo de aprendizagem.



18/07/2007

Agência Senado


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