Projeto irá beneficiar agricultores do Semiárido



Cerca de 100 agricultores familiares do Semiárido brasileiro são beneficiados diretamente com um projeto do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA Brasil). Para discutir o andamento deste projeto implementado nos diversos estados que integram a região, foi realizada uma reunião de trabalho, nestas quarta (29) e quinta-feira (30), na sede do Insa, em Campina Grande (PB). Participaram da reunião Antônio Barbosa, coordenador da Asa Brasil, Luciano da Silveira, da ASPTA, Ignacio Hernán Salcedo, diretor do Insa, e a equipe de gestores do projeto.

Em cada estado, o projeto envolve a participação de agricultores experimentadores, entidades e parceiros locais e é constituído por várias etapas, dentre as quais já ocorreram a formação dos técnicos que atuarão nos territórios e a caracterização histórica das experiências desenvolvidas pelas famílias em suas propriedades. Esta etapa implicou no mapeamento das estratégias utilizadas pelas famílias que vivem na região para a convivência concreta com eventos extremos, como é o caso das longas estiagens.

O próximo passo do projeto será aplicar um conjunto de indicadores de avaliação de sustentabilidade dos agroecossistemas, a fim de diagnosticar mensurar as estratégias mais viáveis que têm possibilitado que estes agricultores resistam e/ou se recuperem dos impactos dos eventos ambientais extremos. Dentre os atributos de avaliação de sustentabilidade a serem utilizados, estão: produtividade, autonomia, resiliência, gestão, adaptabilidade, estabilidade e equidade.

Oficina de Trabalho

No período de 11 a 14 de fevereiro será realizada, em Campina Grande (PB), a 3ª Oficina de Trabalho com os pesquisadores envolvidos na execução do projeto nos diferentes estados do Semiárido. O objetivo será discutir o processo metodológico de sensibilização e caracterização qualitativa dos agroecossistemas realizadas nos territórios, restituir as experiências do projeto e planejar as próximas ações.

A metodologia utilizada no projeto se diferencia por priorizar a pesquisa participativa, ou seja, construir conhecimentos com base no diálogo e nas experiências implementadas nas comunidades com as famílias envolvidas com práticas de transição agroecológica. A Oficina realizada no próximo mês irá discutir como se deu o processo de apropriação da pesquisa pelos agricultores experimentadores no que se refere à sensibilização dos conceitos e ferramentas metodológicas propostas.

A construção coletiva da pesquisa privilegia a interação dinâmica e multidimensional na construção dos conhecimentos. Os estudos socioeconômicos e ecológicos nas unidades agrofamiliares, realizados nos nove estados do Semiárido brasileiro, permitirão, no final do projeto, a sistematização das estratégias agrícolas e sociais utilizadas pelos agricultores para a convivência com os longos períodos de estiagens.

Fonte:
Instituto Nacional do Semiárido 



31/01/2014 19:08


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