Projeto reduz emissão de gás carbônico com reflorestamento no Parque Nacional das Emas
O Parque Nacional das Emas, unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental (ICMBio) no estado de Goiás, conta com um projeto pioneiro em seu entorno: o Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, voltado para o reflorestamento de quase 600 hectares do entorno do parque.
O objetivo é diminuir em quase 207 mil toneladas a emissão de gás carbônico na atmosfera nos próximos 30 anos, além de garantir a conservação de espécies e assegurar sua viabilidade, possibilitando as trocas genéticas da fauna e flora do Cerrado.
Formado por um mosaico de propriedades particulares no entorno do Parque Nacional das Emas (PNE) e de fragmentos inseridos no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari (Pent), o corredor está localizado no Centro-Oeste e permeia os municípios de Mineiros, no estado do Goiás, Alcinópolis e Chapadão do Sul, no estado de Mato Grosso do Sul, e têm como bioma predominante o Cerrado.
O Cerrado é considerado a mais diversificada savana tropical do mundo. O número de espécies vegetais supera seis mil. A riqueza de espécies de peixes, aves, mamíferos, répteis, anfíbios e invertebrados é igualmente grande. Estima-se que 320 mil espécies ocorram no Cerrado.
O projeto inclui duas comunidades quilombolas, três assentamentos rurais e uma comunidade terapêutica. Essas comunidades apresentam características distintas quanto à forma de organização social, política, meios de produção da economia local, conhecimento tradicional e práticas culturais, o que denota uma grande diversidade entre elas. A iniciativa conta também com a participação efetiva de quatro produtores rurais, os quais residem na região há mais de 15 anos.
A combinação de recuperação de áreas degradadas, conservação e compromisso social nas comunidades envolvidas no projeto traz para a região a possibilidade do surgimento de um novo paradigma em termos de desenvolvimento e geração de renda, reduzindo o uso do fogo como ferramenta de manejo e possibilitando o aproveitamento dos produtos da biodiversidade como alternativa sustentável de geração de renda.
O projeto segue os critérios internacionais e utilizam os padrões Voluntary Carbon Standard, que garante que as compensações de carbono que empresas e consumidores compram sejam confiáveis e tenham verdadeiros benefícios ambientais; o Clima, Comunidade e Biodiversidade Alliance (CCBA), que traz orientações para que projetos dessa natureza apoiem o desenvolvimento sustentável e a conservação da biodiversidade.
Fonte:
ICMBio
07/01/2011 16:09
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